Miguel Giudicicci Filho, médico neurocirurgião conceituado, nascido em Dourado/SP, é Diretor Científico do laboratório União Química Farmacêutica Nacional, com sede na cidade de São Paulo. Miguel recentemente concedeu uma entrevista à Rádio Jovem Pan levando aos ouvintes todas as informações pertinentes a tramitação do processo da vinda da vacina russa Sputnik V para o Brasil. Neste sábado(6). Giudicicci falou com o prefeito de Dourado Gino Torrezan no programa “A Hora do Trabuco”, oportunidade em que atualizou os dados e as tratativas com a ANVISA _ Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, para que em um menor tempo possível, o Brasil possa ter à disposição mais uma vacina para toda população.Giudicicci explicou que incialmente foi feito um acordo com a Rússia de transferência de tecnologia para que o Brasil pudesse iniciar a sua própria produção. Como esse processo é demorado, no contrato, está previsto que um primeiro lote possa a ser importado diretamente da Rússia. Segundo informou o médico, esse primeiro lote tem que ser disponibilizado para o PNI – Programa Nacional de Imunização do governo federal. Após atender ao PNI, aí sim as empresas poderão vender aos governos. “Não existe a possibilidade neste momento de venda direta a governo e municípios”, disse Giudicicci.Uma exigência inicial da ANVISA previa a execução de um teste para que aprovação da Sputnik passasse pela fase 3. Teste esse que determina se a vacina é segura e eficaz. Giudicicci explica que a fase 3 já foi realizada na Rússia e dessa forma foi apresentado a ANVISA os parâmetros desse teste, publicado na revista científica Lancet, endossando a credibilidade do teste. (The Lancet é uma revista científica das mais antigas e conhecidas revistas médicas do mundo e descrita como uma das mais prestigiadas).
O atraso na discussão de uma possível fase 3 no Brasil acabou atrapalhando o trâmite da importação. A ANVISA acabou reconhecendo que a fase 3 no país não era necessária aceitando dessa forma o teste realizado na Rússia que mostra a eficácia de 91,6%.“Neste momento estamos na reta final da discussão técnica com a ANVISA da aprovação. Assim que houver a autorização, nós devemos importar 10 milhões de doses", disse o diretor da União Química.
Em entrevista a Rádio JP, Giudicicicci afirmou: “ É imperioso que nós façamos as coisas na velocidade que deve ser feita. Não podemos perder essa janela de oportunidade”
Fotos: Divulgação
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