terça-feira, 2 de outubro de 2018

Em sessão extraordinária, vereadores acatam denúncia de Improbidade Administrativa que poderá levar à cassação de quatro parlamentares.

Por 6 votos a 2 e uma ausência, denúncia de suplente de vereador é acatada. 
Comissão Processante foi formada e poderá cassar os quatro vereadores denunciados. Noventa dias é o prazo máximo para os trabalhos da CP.

Sessão de câmara com os suplentes covocados para recebimento de denúncia

Em sessão extraordinária ocorrida nesta terça((2) vereadores acataram a denúncia de um ex-vereador de Improbidade Administrativa contra quatro parlamentares da câmara de Dourado. Para tanto, o presidente Braz Desajacomo convocou quatro vereadores suplentes para essa sessão, que são eles: Toninho Mecânico(PTB), Zé Tijolo(DEM), Angela Sciarreta(DEM) e Deo(PEN). Angela por sua vez não compareceu à sessão com a justificativa médica. 

A sessão que devia ter início às 13h00, atrasou numa movimentação de alguns vereadores indo e voltando ao plenário. O que mais chamou a atenção foi a impaciência do vereador Ayrton Bueno que notadamente não parecia estar a vontade. 
Nitidamente o vereador Ayrton Bueno não estava confortável na referida sessão

Deo, ex-vereador experiente e que também já prestou serviços na prefeitura em outra administração, parlamentar muito respeitado na cidade, cobrou do presidente o início da sessão. Mesmo com o horário proibitivo para muitos, o das 13h00, a câmara recebeu um número significativo de pessoas. A Ong UNIDO esteve representada pelo seu Diretor Presidente Marcelo D'Elia e pelo vice-Presidente do Conselho de Administração da entidade,  Luiz Antonio Braga. 

Ao Blog do Ronco o presidente Braz antes do início da referida sessão disse que a pauta dessa sessão seria apenas a votação do recebimento da denúncia contra os quatro vereadores acusados de improbidade administrativa, protocolizada pelo suplente de vereador Sergio Valentim Guanho. Braz disse ainda que os vereadores incluídos nessa denúncia, não foram convocados e que eles se recusaram a votar na última sessão, motivo pelo qual teria convocado os suplentes. 
A Polícia Militar esteve presente com seis policiais. Antes mesmo do inicio da sessão o sargento Patrick sugeriu educadamente aos presentes que respeitassem o andamento da sessão dentro da ordem e sem manifestações.

O primeiro secretário Marcelo Alcaide leu a ata da última sessão e também a denúncia do suplente Sergio Valentim Guanho. Após a leitura, o vereador Deo pediu a palavra e disse que estava constrangido em ocupar uma cadeira do legislativo para aquela finalidade. Deo disse que durante toda sua vida pública nunca havia visto caso igual. 

 "É com muita tristeza que volto a esta casa legislativa para analisar uma representação desta. Nos meus 40 anos de vida pública eu nunca iria imaginar que eu entraria nesta casa para jugar meus ex-colegas,  agora colegas de veerância", disse Deo.

Para o ex parlamentar, a denúncia não tem sentido e discordou com o valor apresentado na denúncia  do imóvel onde se encontra a empresa Fioreta, pois teria sido avaliado  em R$ 5 milhões, o que lhe parece um absurdo. Para Deo, o vereador tem todo o direito de apresentar um projeto além que o projeto, segundo Deo, foi rejeitado então não teria o porque seguir com o assunto. Deo disse ainda que não viu nenhuma movimentação do prefeito Juninho Rogante na tentativa de resolver o problema. "O político pensa na próxima eleição, o estadista pensa na próxima geração". complementou Deo, que foi muito aplaudido pelos presentes. Deo deixou registrado o seu inconformismo com a denúncia e com o fato da câmara estar votando o caso.

Toninho Mecânico foi o próximo a usar a palavra e comentou que conhecia todo o processo e o contrato entre a prefeitura e a empresa Fioreta. Disse que por duas vezes a empresa teve a chance de se adequar ao número de trabalhadores e não cumpriu. Falou que é a favor dos empregos mas que não achava justo o proprietário não ter cumprido o prometido.

O presidente Braz colocou em votação o recebimento da denuncia, votaram pelo recebimento: Cabo Rogante(PP), Nô(PV), Toninho Mecânico(PDT), Zé Tijolo(DEM), Marcelo Alcaide(PSB) e Braz Desajacomo(PSDB). 

O vereador Ayrton Bueno(PV) que pareceu assediado durante toda a sessão pelo vereador NÔ, votou contrário ao recebimento da denúncia, sendo muito aplaudido.  Outro vereador que votou contra a denúncia foi o vereador Deo(PEN).

Braz seguiu com a sessão com a formação da Comissão Processante, que terá até 90 dias para elaborar o parecer final. Ayrton Bueno mais uma vez ao pegar um papel de sorteio para comissão, foi devolver na mesa diretora, pois não quis participar da comissão que poderá levar à cassação dos quatro vereadores denunciados.
  
Os membros da comissão ficaram assim definidos: 
Marcelo Alcaide - Presidente 
Cabo Rogante - Relator 
NÔ - Membro  

Amanhã quarta(3) haverá sessão ordinária com a presença dos vereadores que foram denunciados por Sergio Valentim Guanho.

Numa próxima postagem uma entrevista com o vereador Deo.

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