Na ribeira deste rio
Na
ribeira deste rio
Ou
na ribeira daquele
Passam
meus dias a fio.
Nada
me impede, me impele,
Me
dá calor ou dá frio.
Dirce Ianhez Francelin.
Quando
o rio não faz nada.
Vejo
os rastros que ele traz,
Numa
sequência arrastada,
Do
que ficou para trás.
Vou
vendo e vou meditando,
Não
bem no rio que passa
Mas
só no que estou pensando,
Porque
o bem dele é que faça
Eu
não ver que vai passando.
Vou
na ribeira do rio
Que
está aqui ou ali,
E do
seu curso me fio,
Porque,
se o vi ou não vi.
Ele
passa e eu confio.
(Fernando
Pessoa)
A beleza do envelhecimento.
Natalia de Freitas Guerreiro Ferreira
(Fisioterapeuta e estudante de fotografia.)
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