A Justiça Eleitoral de Araraquara
(SP), com apoio da Polícia Federal, apreendeu documentos no gabinete do
vereador Serginho Gonçalves (PMDB) na Câmara Municipal, na noite desta
quarta-feira (24).
A operação, que cumpriu mandado de busca e apreensão, também teve o
apoio de representantes do cartório eleitoral e da promotoria, que
investigam denúncia de troca de favores por votos para as próximas
eleições.
A Justiça teve acesso a um arquivo em áudio em que o vereador vincula a
revisão no valor do Imposto Predial e Territoral Urbano (IPTU) se um
morador votar nele.
A gravação teria sido feita em seu gabinete e nela um homem pede ajuda
para quitar o imposto. Gonçalves afirma que fará o favor, mas
supostamente avisa que em quatro anos pedirá votos para ele e sua
família.
Outro lado
Procurado pela reportagem do G1, o vereador, que acompanhou a operação dentro de seu gabinete, não quis comentar o assunto e se recusou a falar com a imprensa ao deixar o prédio da Câmara, na noite desta quarta-feira. Gonçalves foi reeleito vereador no dia 7 de outubro com 1.511 votos.
Procurado pela reportagem do G1, o vereador, que acompanhou a operação dentro de seu gabinete, não quis comentar o assunto e se recusou a falar com a imprensa ao deixar o prédio da Câmara, na noite desta quarta-feira. Gonçalves foi reeleito vereador no dia 7 de outubro com 1.511 votos.
Em nota distribuída aos jornalistas, Gonçalves afirmou que está
indignado com a denúncia e que não cometeu qualquer irregularidade.
"Nunca mantive qualquer acerto com eleitores para captação ilícita de
votos (compra de votos)".
O vereador condenou a atitude da presidência da Câmara ao protocolar
documento pedindo investigação do caso. "Quero externar à população e às
autoridades de Araraquara, bem como aos demais colegas da Câmara, minha
profunda indignação ao deparar com representação que faz a Presidência
da Câmara à minha pessoa, junto à Comissão de Ética da Câmara", disse.
Ainda em nota, Gonçalves classifica a denúncia feita contra ele como
contraditória. "Ficou claro e controverso que o cidadão usado para a
referida gravação não foi e não é eleitor deste vereador, de sorte que
em nada contribuiu para o fato deste vereador ter se sagrado vencedor na
eleição de 7 de outubro".
Conselho de Ética
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, formado pelos vereadores Elias Chedieck (PMDB), Márcia Lia (PT) e Paulo Maranata (PR), vai se reunir na tarde desta quinta-feira (25) para discutir o caso.
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, formado pelos vereadores Elias Chedieck (PMDB), Márcia Lia (PT) e Paulo Maranata (PR), vai se reunir na tarde desta quinta-feira (25) para discutir o caso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário