segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Corrupção custa R$ 69 bi por ano ao País, diz ministro Benjamin

A corrupção tem um custo médio anual para o Brasil entre R$ 41,5 bilhões a R$ 69,1 bilhões. Foi o que revelou o ministro Antonio Herman de Vasconcellos e Benjamin(foto), do Superior Tribunal de Justiça, na palestra de encerramento do I Congresso do Patrimônio Público e Social do Ministério Público do Estado de São Paulo, sábado, no Hotel Intercontinental. Durante três dias e meio, o evento debateu a defesa do Patrimônio Público e o combate à corrupção.

Subprocurador-geral Francisco Stella Jr, ministro Herman Benjamin, procurador-geral Fernando Grella, diretora da ESMP Eloisa Arruda e subprocurador-geral Sergio Sobrane, no encerramento do Congresso

Herman Benjamin enfatizou, em sua palestra, os efeitos sociais da corrupção no Brasil. Ele destacou que o dinheiro público desviado em apenas um ano seria suficiente para elevar dos atuais 34 milhões para 51 milhões de alunos matriculados na rede pública de ensino. Na saúde, com o dinheiro anual da corrupção seria possível praticamente dobrar o número de leitos hospitalares do SUS em apenas um ano, contabilizou.

O ministro do STJ destacou o papel do Ministério Público no combate à improbidade administrativa, mas ressalvou que, “em algum momento o MP vai ter de se debruçar sobre as causas desse problema”.

“Até hoje o MP tem se concentrado na persecução dos ímprobos; a partir de agora deve dar mais atenção à redução das oportunidades de improbidade administrativa”, afirmou, explicando que a punição é ação no varejo, e o ataque às causas da improbidade administrativa é ação no atacado, de caráter preventivo.

Herman Benjamin também destacou que o nepotismo e o clientelismo também são formas de improbidade administrativa, “com aspectos mais periféricos, mas não menos nefastos”.

O ministro lembrou que o Ministério Público do Estado de São Paulo deu extraordinária colaboração na redação da Lei de Improbidade Administrativa, que completa 18 anos de vigência, apresentando quase 300 emendas ao projeto de lei.
MP

Um comentário:

Anônimo disse...

Muita conversa, muita reunião e pouca ação. Bastaria transformar os crimes de corrupção em inafiançáveis - para os corruptos e corruptores - e já faríamos uma limpeza na praça, acabar com a imunidade parlamentar - e livraríamos o país de um monte de porcarias. Os caras são frouxos, só agem porque são impunes. Com poucas - e duras - condenações, esses bandidos de colarinho branco desapareceriam. O Congresso Nacional rejeita discutir qualquer assunto que os intimide, então partamos para ação popular, oras, somos 200 milhões contra 500 e poucos deputados e 81 senadores. Dá para ganhar!!!!