sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Sem saudosismo, apenas a realidade que vivemos.


É preciso encarar os fatos: muitos municípios passaram por profundas transformações ao longo dos últimos 50 anos — e Ribeirão Bonito é um exemplo claro disso.

Diversas empresas, que em seu auge movimentavam a economia local, fecharam as portas ou se mudaram para outros centros. Podemos citar a fábrica de encerados Manaus (Manaus Agro Industrial), que chegou a empregar cerca de mil funcionários; a Cooperativa de Laticínios São Carlos, que recebia diariamente dezenas de litros de leite produzidos no próprio município; além das duas fábricas de farinha de mandioca — Passarelli e Godoy. A Indústria Torrezan fabricantes de rodas e carretas.

Tínhamos ainda a fábrica de borracha (Borrachas Búfalo), a indústria de caldeiras Domel, a empresa Cobrasp (especializada em perfuração de poços artesianos), e até mesmo uma fábrica de sucos que operou por um determinado período.

No setor de serviços, também houve perdas significativas: o fechamento do escritório da CPFL, a saída dos bancos Banespa (posteriormente incorporado), da Caixa Econômica Estadual, da Coletoria Estadual e, ao que tudo indica, do Bradesco, que também deixará o município.

A agricultura e a pecuária marcaram época com a diversificação de cultura e um número considerável do rebanho leiteiro e de corte.

Estima-se que, ao longo desses anos, mais de 2 mil vagas de trabalho foram perdidas — um número expressivo considerando a população de aproximadamente 12 mil habitantes.

Essa é a realidade que enfrentamos. Difícil imaginar um retorno aos tempos de prosperidade do passado — e mais importante do que alimentar o saudosismo é reconhecer esse cenário e refletir sobre novos caminhos para o futuro.

Ronco

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