quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Semana em que o fogo não deu trégua. Não fosse a ação de alguns abnegados, a catástrofe era certa. Que fique a lição!!!

 Semana que passou foi de muita apreensão para proprietários rurais e até mesmo moradores das cidades de Dourado, Boa Esperança do Sul e Trabiju. Por motivos ainda não esclarecidos, incêndios ocorreram em vários pontos da região assustando e causando pânico na população. Com a falta de chuvas, a umidade relativa do ar baixa e a seca que se prolonga, o cenário foi realmente tétrico. Áreas de preservação ambiental, de cultura, principalmente da cana de açucar, pasto e até mesmo áreas urbanas foram atingidas.
Fogo se aproxima de residências no Jardim Central (Foto: Rede socia)

Os primeiros focos ocorreram no dia 1 de outubro, data dos primeiros registros. Na sexta(2), as informações eram de que uma área do município de Dourado já ardia em fogo. No sábado(3) a fúria do fogo se alastrava atingindo outros municípios ajudados pela força do vento. A Grandfood e Premier Pet organizaram um mutirão com colaboradores e brigadistas deslocados da empresa Eucatex para o combate ao incêndio. O industrial Flavio Maluf, enviou quatro caminhões pipa da Eucatex e alugou outros da região. A Usina Raizen, a prefeitura de Boa Esperança do Sul e Geraldo Marcato participaram da operação. Os trabalhos se estenderam até altas horas da madrugada, até que a situação passou a ser controlada. Mesmo assim, os brigadistas contiunuaram em alerta, por determinação do presidente do grupo Grandfood. O que parecia ter acabado, na sexta(9) a noite, um novo foco de incêndio assustou os moradores de Dourado, pois as chamas estavam próximas das residências do Jardim Central, vindas de áreas rurais. Mais uma vez Flavio Mauf, disponibilizou caminhão pipa para o socorro imediato, para alívio de todos. Não faltaram os agradecimentos nas redes sociais: 





Por outro lado a vereadora Claudia Batista propôs encaminhar um requerimento para a prefeitura de Dourado questionando sobre as condições do caminhão pipa da municipalidade. Ocorre que, segundo a vereadora, o requerimento teria sido negado pela maioria dos representantes do Legislativo.

"Foi com tristeza que mais uma vez o direito a informação e transparência foi negado pelos colegas vereadores,  se estava realmente quebrado,  porque omitir a verdade? a lei da transparência é um direito do cidadão e o vereador tem o dever de buscar a verdade e informar ao povo o que esta acontecendo", disse Claudia Batista ao Blog do Ronco
A ONG UNIDO também se pronunciou em ofício encaminhado à prefeitura de Dourado, com relação ao veículo caminhão-pipa. O texto segue abaixo:

Dourado, 14 de outubro de 2020.

 Excelentíssimo Senhor Prefeito,

Ilustríssimo Senhor Responsável pela Defesa Civil, 

A UNIDO, neste ato devidamente representada por um de seus advogados, vem mui respeitosamente a Vossas presenças, solicitar informações acerca da disponibilidade do caminhão pipa, pertencente a essa Administração.

Justifica o presente pleito consoante as informações de que o veículo de propriedade da Municipalidade encontra-se, a mais de 03 (três) semanas, sem operação, enquanto o Município vem sido assolado por inúmeras queimadas na zona rural, algumas inclusive, que se aproximaram perigosamente à zona urbana.

Da mesma forma requer informações de que medidas vem sendo adotadas pelo Executivo no combate às queimadas que vem devastando a flora e fauna do Município, sejam preventivas ou repressivas, se existe um plano de ação para o combate dos focos ou ainda se existe uma equipe de prontidão, com equipamentos adequados, para o combate às chamas.

 No mais, renova os protestos cordiais de estima.  Termos em que aguarda o deferimento.  DANILO ELIAS (Advogado)


Nota da Redação: Vejo a atitude da vereadora Claudia Batista como correta, afinal não há qualquer tipo de acusação e sim a possibilidade que teria a prefeitura para justificar e esclarecer sobre o pedido. Mais estranho ainda, é parte do Leagislativo negar o requerimento. Será que para os vereadores que negaram o requerimento o assunto não interessaria à população? Temos ou não transparência? Talvez até mesmo o chefe do Executivo aprovasse o envio do tal requerimento para que pudesse responder à população o questionamento da vedreadora Claudia.

É tão surreal, que a mesma vereadora Claudia, representante da população, não conseguido aprovação do requerimento, a obrigou a ingressar na prefeitura como cidadã, respaldada pela LAI - Lei de Acesso a Informação para obter as mesmas informações que foram barradas pelo Legislativo douradense. Próximo das eleições, é importante que a população avalie os candidatos que estão realmente comprometidos com os interesses da comunidade. Transparência é palavra chave em qualquer administração pública.

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