Sergio Ronco
Uma das práticas recorrente no país contra a imprensa é a tentativa de intimidação que rotineiramente e diuturnamente se faz contra profissionais da área do jornalismo, que acabam sendo alvos para àqueles que não admitem que sejam pautados em jornais, tvs, blogs, sites etc com conteúdo crítico.
Ao ingressarem na política, é importante que saibam que acabam expostos, uma vez que são figuras públicas. E mais, devem sim satisfação a sociedade que os elegeu. As cobranças, as críticas, são normais e necessárias em países democráticos. O respeito tem que haver de ambos os lados. O direito de um cidadão vai até onde inicia o direito do outro. Ocorre que, a grande parcela dos políticos, aceita os aplausos, mas não às críticas.
Um exemplo do que ocorreu recentemente com o presidente Bolsonaro, mostra bem a confusão que se faz entre o serio e a palhaçada. Bolsonaro levou a tira colo um humorista para responder as perguntas de jornalistas, tendo ao fundo o Palácio do Alvorada, sede residencial do chefe maior do país. Ali estavam profissionais de suas emissoras, jornais etc, em uma rotina cansativa que é cobrir os rumos do país que estão sendo delineados pelo seu presidente. Quem cobre a portaria do Alvorada, sabe bem o que eu falo. Espera-se uma palavra do presidente que possa ser repassada ao Brasil de norte a sul. Ocorre que num momento de grande importância, se coloca um humorista para falar de coisa séria. Essa tentativa de banalizar o trabalho jornalístico é de um tremendo mau gosto e desrespeito total.
Há uma mobilização de entidades representativas da imprensa que deverá se insurgir e combater esse tipo de atitude desnecessária e até mesmo agressiva. Quando há generalização, comete-se erros. Tem muitos jornalistas de qualidade e que merecem sim, respeito.
Se o Brasil quer mesmo crescer e se desenvolver como país democrático, terá sempre que respeitar a imprensa. Concordar com o conteúdo do que se fala e se escreve é outra história. Cada qual que faça o seu juízo. Respeito quem pensa diferente!
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