Moradores do bairro Morumbi, em Ribeirão Bonito, sofrem com a falta de água

                               Moradores do Morumbi reclamam a falta d'água no bairro

 Foto: EPTV

A constante falta de água no bairro Morumbi, em Ribeirão Bonito está deixando os moradores do local revoltados a ponto de sugerirem a afiliada da Rede Globo, a EPTV que pautasse matéria veiculando o problema vivido no dia a dia daquela comunidade. Assista ao vídeo AQUI
G1

De acordo com alguns moradores o problema é antigo , porém tem se intensificado nos últimos 15 dias com falta quase que total de água. Caminhão pipa da prefeitura tem feito o trabalho de remanejamento de água de outros locais para esse bairro. Nas redes sociais os comentários não são nada elogiosos a atual administração. 

" É uma questão de prioridade, foram gastos mais de R$ 300 mil em festa de rodeio enquanto isso, famílias sofrem com falta de água. A população tem que enxergar a "maquiagem" que o prefeito tem feito na cidade deixando de lado os graves problemas", disse um morador.

Decreto EMERGENCIAL

Em dezembro de 2018, o prefeito Chiquinho Campner(PSDB) decretou Estado de Emergência, o que dispensaria o município da realização de licitação. O decreto chegou a ser publicado no Diário Oficial. Ocorre que o Procurador do Município da época,Marcelo Aramando Hernandez Oprini encaminhou um ofício  ao Ministério Público do Estado, no fórum de Ribeirão Bonito, aos cuidados da promotora de justiça Marcela Bechara,  com data anterior ao decreto, comunicando a possível intenção do prefeito Francisco José Campaner(PSDB) em decretar Estado Emergencial no abastecimento de água da cidade. Marcelo no documento, fala que o fato de decretar Estado Emergencial ou Calamidade Pública é o modus operandi do prefeito Chiquinho Campaner agir. Abaixo, um trecho do documento encaminhado ao MP. Abaixo, um trecho do documento encaminhado ao MP.

 

Veja AQUI a íntegra do documento protocolizado no MP

Marcelo Oprini sugere ainda no processo encaminhado ao MP que a prefeitura deveria realizar licitação pública, de acordo com a Lei 8666/93 

Em janeiro de 2017 o Blog do Ronco publicou matéria com o prefeito Chiquinho Campaner onde o mesmo declarou a contratação de técnicos para avaliar a situação do abastecimento de água na cidade. No Portal da Transparência tem um empenho pago de R$ 14 mil para técnicos para avaliar poços e captação.(Empenho abaixo dos R$ 14.000,00)

Pelos dados apurados, uma outra empresa foi contratada na mesma época pelo valor de R$ 3.600,00 referente ao serviço de topografia para a obtenção de cota e capacidade dos reservatórios. Assim, o valor total gasto nestes estudos totalizaram a bagatela de R$ 17.600,00.

Por informações colhidas pelo Blog do Ronco, a ser devidamente apurado, diz que   tal estudo ao seu final,  teria atestado que a produção de água no município seria suficiente para manter o abastecimento da população, sugerindo apenas que fossem realizados investimentos em setorização da rede de abastecimento e equipamentos para manter a pressão na rede.

Outro fato importante que nos foi informado é que a represa Fabbri tem adução de pouco mais de 40 m³/h, e que de acordo com tal estudo, tal vazão faz com que haja perda de produção de água, pois com o sistema funcionando em tempo integral (em situação emergencial) teria um volume diário de aproximadamente 1.000.000 (um milhão) de litros de água potável por dia.

O que mais chama a atenção é que o prefeito Chiquinho Campaner sabia do problema da falta de água em alguns bairros da cidade desde que colocou sua campanha nas ruas, haja vista as promessas feitas que resolveria o problema. (ver no panfleto de campanha abaixo). A pergunta que se faz é a seguinte: Se o prefeito sabia do real problema desde sua campanha, o por que não resolveu de forma a licitar publicamente para que empresas pudessem participar do processo ao invés de decretação emergencial? Tempo suficiente para isso teve de sobra.