Boca fechada.....
Cidadãos se sentem censurados por ato do presidente da Câmara
Para alguns cidadãos que compareceram à sessão de câmara da última segunda feira(1), o fato do Presidente do Legislativo, João Victor Machado Borges(PSDB) ter anunciado no dia 18 de março que todo e qualquer tipo de manifestação popular seria coibido e até mesmo a utilização de cartazes com dizeres diversos dirigidos aos vereadores seriam proibidos no plenário local, sob pena de serem retirados das dependências da câmara, não teria passado de censura prévia e um ato anti democrático. Diante disso, durante os trabalhos do legislativo de segunda passada, alguns moradores colocaram fita adesiva na boca simbolizando a perda do direito a livre expressão de manifestação.
Está consignado no regimento interno do parlamento, nos artigos 150 e 151, que tratam da suspensão para a preservação da ordem e o encerramento em casos de tumulto grave. A realidade é que cabe também, o bom senso dos dois lados, tanto dos vereadores como dos que assistem as sessões da câmara. Porém em várias sessões em que tive a oportunidade de assistir, desde há muitos anos, a mesa diretora de outras gestões, em pouquíssimas ocasiões interferiu em comentários dos presentes e muito menos por portar cartazes. Dessa forma, a atitude do jovem chefe do Legislativo não soou bem. Talvez pausar a sessão e pedir para que os presentes sejam comedidos, teria um caráter mais simpático e democrático.
A foto abaixo, mostra claramente uma situação do passado em outro ambiente legislativo, que a população sempre pôde se manifestar com cartazes e faixas. Nunca houve essa proibição.
Moção de Repúdio
Por outro lado, eu mesmo fui alvo de um ato que tramitou no Legislativo sobre a proposta do mesmo presidente João Victor Machado Borges, de ser votada uma moção de repúdio a minha pessoa por eu ter adentrado no espaço que pertence aos vereadores em intervalo regimental, quando fui conversar com o vereador Manolelito da Silva Gomes(PTB). Foi uma conversa alterada de ambas as partes e posteriormente, muito bem colocada e esclarecida por nós dois. Aliás, o próprio Manoelito deixou claro para todos que não teria partido dele a sugestão da proposta de Moção de Repúdio.
Como disse, os vereadores são soberanos, porém vejo que antes de propor um instrumento "pesado" como uma moção de repúdio, poderia ter simplesmente ditado as novas normas sob a chefia do novo presidente, pois é sabido por todos, que o acesso à imprensa nesse local sempre foi franqueada. Haja vista as centenas de entrevistas que fizemos desse mesmo plenário e até em outros, onde o Legislativo estava instalado.
A Moção não foi votada, não havia sido pautada, talvez pela própria compreensão que o caso exigiu. Até mesmo o presidente João Victor falou comigo na última sessão que a moção proposta foi quanto ao ato e nada pessoal. Eu respeito, como sempre respeitei a todos e não seria agora após tantos anos de trabalho dedicado ao jornalismos local, e diga de passagem, de forma voluntariamente, que iria faltar com o respeito contra quem quer que seja, muito menos com autoridades. Continuo achando que faltou ditar as novas normas, como foram ditadas na sessão do dia 18 de março, que não mais serão permitidas manifestações e o ato de portar cartazes. O instrumento de Moção de Repúdio são em casos extremos, é minha opinião.
Acertado isso, iremos continuar com o nosso trabalho de informar aos leitores do Blog do Ronco.
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