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Polícia Federal faz operação
nesta quarta-feira (9), em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU),
para desarticular cinco grupos criminosos suspeitos de desviar recursos da
União. O dinheiro era destinado à merenda em municípios dos estados de São
Paulo, Paraná, Bahia e Distrito Federal. Há indícios de envolvimento de 13
prefeitos e 4 ex-prefeitos na operação nomeada como Prato Feito.
Principais pontos da operação
65 contratos suspeitos na área da
educação somam R$ 1,6 bilhão
5 núcleos empresariais são
investigados
Entre os alvos, há empresários
ligados a grupo investigado pela "Máfia da Merenda"
PF diz que cartel direcionava
licitações e superfaturava contratos
154 mandados de busca e apreensão
são cumpridos
Prefeitos investigados são das
seguintes cidades paulistas: Barueri, Embu das Artes, Mauá, Caconde,
Cosmópolis, Holambra, Hortolândia, Laranjal Paulista, Mogi Guaçu, Mongaguá,
Paulínia, Pirassununga e Registro.
Ex-prefeitos investigados são de:
Águas de Lindoia, Pirassununga, Mauá e Mairinque.
Justiça pediu afastamentos
preventivos de agentes públicos
Todas as medidas foram expedidas,
a pedido da PF, pela 1ª Vara Criminal Federal de São Paulo e pelo Tribunal
Regional Federal da 3ª Região.
A investigação começou após o
Tribunal de Contas da União identificar desvios em licitações relacionadas à
merenda. Diversas empresas que já foram investigadas pelo Ministério Público no
âmbito da chamada "Máfia da Merenda" são citadas na operação desta
quarta.
Segundo a PF, os grupos
criminosos agiriam contatando prefeituras por meio de lobistas, para direcionar
licitações que usavam recursos federais. Esses contratos eram feitos para
fornecer merenda escolar, uniformes, material didático e outros serviços a
escolas municipais.
"O que é chocante foram os
registros na inexecução contratual da merenda escolar. Nós tivemos registro, ao
longo destes anos, do fornecimento de lanche para uma criança de uma bolacha
maisena com leite diluído, suco substituindo o leite", disse a delegada
Melissa Maximino Pastor.
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