domingo, 4 de março de 2018

Dourado na contra mão do que anunciou o Ministro da Fazenda Henrique Meirelles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, enfatizou várias vezes, em entrevista ao Programa do Ratinho exibida na noite de sexta-feira(2) no SBT, a necessidade de o governo reduzir despesas para poder, em seguida, diminuir a carga tributária no país. "Isso passa por reformas, algumas delas não tão populares, como a da Previdência, que esperamos seja votada no Congresso tão logo quanto possível", afirmou. A entrevista foi gravada na última quinta-feira(1º)

Meirelles destacou o projeto de simplificação tributária que vem sendo preparado pelo governo e discutido com parlamentares. "O projeto está quase pronto na Receita Federal e vamos apresentar ainda este ano", prometeu.(Uol)

Sergio Ronco
Para o Ministro Meirelles,  é essencial  que cada cada vez mais, haja diminuição na carga tributária. Incentivar o crescimento sem penalizar o contribuinte parece ser uma meta de Meirelles.

Dourado está na contra mão do que pretende colocar em prática o Ministro da Fazenda. Com  o último Projeto de Lei aprovado por unanimidade da câmara de vereares da cidade,  os impostos continuaram nas alturas. Se a inflação ficou abaixo dos 3%, o que dizer da taxação do IPTU com índice de 35%? Lembrando que foi proposto 100%, depois passou para 50% e agora ficou em 35%, o que ainda é demasiadamente alto.

Seria de bom senso um  aumento nos moldes da inflação, o que não ocorreu. A grosso modo,  se a inflação continuar nesse patamar, Dourado adiantou em 12 anos, com o aumento de 35% no IPTU, para pagamento de uma só vez. É uma lógica matemática. Se a resposta é de que ficou anos sem subir, a culpa não é do contribuinte e nem pode carregar um peso dessa natureza de uma hora para outra.

O ISS que depois de dobrar, passou a vigorar com novo texto, com aumento de 0,45%, passando de 2% para 2,45%, o que significa uma taxação de mais de 20% real, continua  absurdamente alta da mesma forma que o IPTU. A arrecadação do município em 2013 era de R$ 19 milhões, já em 2017, disparou para 28,7 milhões.

Tudo indica que a arrecadação continuará a crescer, motivo mais que justo que zerar os  aumentos dos impostos(sem majoração) e deixar que a iniciativa privada se incuba de fazer o papel que sabe bem fazer, vender os seus produtos e com isso, alavancar a receita para o município.

Preocupa demais as consequências dessas altas de impostos em Dourado. Se os políticos  e assessores acham que a situação está resolvida, eu não teria tanta certeza assim. Uma ação provoca uma reação, e essa reação poderá vir de forma a prejudicar todo  crescimento do município, justamente numa fase difícil que o país está passando. Se hoje temos empresários que empregam juntos, mais de mil funcionários diretos, temos ainda que levantar as mãos para o céu e rezar todos os dias para que continuem empregando.

O Blog do Ronco, diuturnamente posta anúncios de contratação por parte  da Premier Pet, que hoje, é a maior empregadora. A unidade fabril vem crescendo em ritmo acelerado e tudo indicava que continuaria dessa forma. Eu pergunto: A empresa vai continuar investindo na cidade, depois que seu presidente anunciou os cortes? Tomara que sim!

Não sabemos quais as reais consequências para o município, depois dessa desastrosa atitude. Algumas empresas como Premier Pet e Santa Clara Eco Resort já anunciaram que os investimentos estão suspensos. Depois dessa "patinada", outros chefes de executivos estão procurando a Premier, como o caso do prefeito de Ribeirão Bonito Chiquinho Campaner(segundo fonte) esteve semana passada conversando com o presidente da empresa Flavio Maluf. O que conversaram? Coincidência o Chiquinho procurar a Premier, justamente após o "caso dos impostos em Dourado"?

Se duvidam do que poderá acontecer, eu sinceramente, não pagaria para ver!

Um comentário:

Anônimo disse...

Vejo que uma parte disso tudo é de responsabilidade do cidadão douradense, que elegeu o Prefeito e seus Vereadores,porém é de responsabilidade dos eleitos,fazer o melhor pelos seus eleitores,pois seus salarios são pagos justamente para esse fim, acredito que nenhum deles pensou na situação das famílias que pagam aluguel,que tem baixa renda e outros que podem ser prejudicados diretamente.
Talvez seria interessante nossos eleitores juntarem forças,encontrar uma forma de pedir a votação pela diminuição de 50% no salários dos eleitos.