Foto arquivo Blog: Lorival Verillo e Geraldo Blota na entrada da cidade
Blog do Ronco: A vizinha Bocaina é um exemplo de cidade que encanta à primeira vista aos que nela visitam. Ruas arborizadas, limpas, jardins muito bem cuidados, casas que mantiveram a fachada no estilo colonial e um povo hospitaleiro. Bocaina é conhecida pelo número de fábricas de luvas de raspa, onde o setor emprega centenas de funcionários.
O jornal Comércio do Jahu, na data de seu 126º aniversásio, preparou a matéria a seguir: O desafio era retratar Bocaina por meio de imagens, tendo como mote os 126 anos de emancipação comemorados ontem. Para lá então rumou a reportagem do Comércio do Jahu. Uma cidade é traduzida por sua história, sua gente, sua economia, seus pontos turísticos e peculiaridades.
Logo na entrada principal da cidade, a imagens do padroeiro São João Batista representa a tradição católica, fruto da colonização prioritariamente italiana. É creditada ainda aos habitantes daquele país europeu a tradição da Alvorada, repetida nas primeiras horas do dia 1º de maio, desde o final do século 19.
Outra característica marcante da cidade é a calmaria nas ruas. A impressão é que as horas lá não estão aceleradas e que é possível cumprir todos os afazeres sem afobação. Nesse relógio que segue tranquilo, reservar uns instantes para apreciar o trabalho do topiarista Antonio Guica de Souza Junior, 69 anos, é quase obrigatório. A praça onde o artista trabalha é conhecida como Jardim da Fama.
Ainda no momento contemplativo, os casarões antigos postam-se como guardiões de uma história pujante dos tempos gloriosos do café. Alguns imóveis não estão conservados, mas aqueles que o restauro deu vida nova enchem os olhos de moradores e visitantes.
Assim como as 13 telas sacras do pintor Benedito Calixto de Jesus, as quais adornam a nave da igreja matriz, situada no Centro de Bocaina. As pinturas passaram por restauro anos atrás. Benedito Calixto ganhou um busto na praça. Mesma praça que sedia, nos primeiros minutos do dia 24 de junho, Dia de São João, a passagem pela fogueira. Neste dia, devotos do santo caminham descalços pelas brasas para provar que a fé os protege das queimaduras. Nos últimos anos, beberrões misturam-se aos fiéis e a fogueira perdeu um pouco do seu brilho.
Em relação a sua gente, são quase 12 mil pessoas que nasceram ou escolheram estar naquela cidade, situada quase no centro do Estado de São Paulo, e caminham em busca de dignificar a herança recebida pelos ancestrais e progredir para deixar melhores as condições para as gerações que hoje brincam inocentemente nos parques e praças.
Fotos: Beatriz ZAMBONATO SANTOS
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