O ex-presidente do Banco do Brasil
e da Petrobras Aldemir Bendine é alvo da 42ª fase da Operação Lava Jato
deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (27) no
Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.
A operação foi batizada de Cobra e cumpre
três mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão.
Segundo a PF,
Bendine e pessoas a ele relacionadas teriam solicitado vantagem indevida em
razão dos cargos exercidos para que o Grupo Odebrecht não viesse a ser
prejudicado em futuras contratações da Petrobras e, em troca, o grupo teria
efetuado o pagamento em espécie de ao menos R$ 3 milhões.
Aparentemente,
ainda de acordo com a PF, estes pagamentos somente foram interrompidos com a
prisão de Marcelo Odebrecht.
Em 2015,
Bendine era braço direito da então presidente Dilma Rousseff. E deixou o banco
com a missão de acabar com a corrupção na petroleira, alvo da Lava Jato. Mas,
segundo os delatores, ele já cobrava propina no Banco do Brasil, e continuou
cobrando na Petrobras.
O nome da
operação é uma referência ao codinome dado ao principal investigado nas tabelas
de pagamentos de propinas apreendidas no chamado Setor de Operações
Estruturadas da Odrebrecht durante a 23ª fase da operação. Os presos serão
levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
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