Prefeito Chiquinho Campaner(PSDB) cumprimenta Atílio Jacobucci em evento do Rotary Club
Sergio Ronco
A conversa não
estava marcada, muito menos sabia que o chefe do Executivo havia sido convidado
para o evento que ocorreu no Santa Eliza Eco Resort no último sábado(12),
quando da comemoração do Rotary Club de seus 50 anos de fundação. Estive a
convite do Rotary para posteriormente produzir a matéria do evento.
Após a reunião
festiva da entidade, me encontrei com prefeito Chiquinho Campaner(PSDB),
durante o jantar que foi servido no Restaurante Velho Armazém.
A conversa foi
longa, posso avaliar que mais de hora em que discorremos sobre política,
prefeitura, projetos e denúncias.O assunto principal não poderia ser outro,
senão Ribeirão Bonito. A minha primeira pergunta ao prefeito foi o que estaria
acontecendo, pois nos passava a impressão de que havia uma morosidade nos 4
primeiros meses de gestão a frente do Executivo.
A resposta foi longa iniciando por outra pergunta, desta feita direcionada a mim, se eu tinha a real noção de como ele, prefeito, havia assumido a prefeitura. Chiquinho foi listando os problemas encontrados e explicando ao seu modo cada caso que acabou sendo objeto de denúncia na câmara municipal.
Chiquinho disse textualmente que ninguém mais que ele quer ver a cidade livre de problemas e voltar a progredir. Ainda quanto as denúncias, questionou se é representativa denúncias assinadas por apenas um morador da cidade. Para o chefe do Executivo, os vereadores saberão analisar friamente as denúncias, quando verão que não ocorreu nada que tenha prejudicado o município. "Eu acredito no bom senso e na capacidade dos vereadores analisarem as denúncias", disse Chiquinho. Quanto ao apoio da população, Chiquinho disse contar com a confiança daqueles que o elegeram e se duvidas persistirem quanto a sua administração que logo serão sanadas.
Desmentiu qualquer menção feita por ele com relação a que teria "dossiês" contra vereadores.. "Nunca falei isso, não sei de onde tiraram isso", disse Chiquinho.
Quanto a economia que desde o início vem realizando aos cofres públicos, onde salários de assessores foram reduzidos, PSFs fechados, cortes em gastos em geral, Chiquinho disse estar absolutamente no caminho certo, mesmo porque, segundo o prefeito, não havia outra alternativa a não ser economizar em todos os setores da prefeitura.
Chiquinho admitiu que a demora na realização de algumas obras estão lhe custando muito caro perante a opinião pública, como por exemplo a operação tapa-buracos, que por várias vezes foi anunciada e não cumprida. Segundo o prefeito a vontade era maior em resolver logo certas situações e que não contava com os problemas que foram aparecendo e que acabaram atrasando o início das obras. "Começamos há poucos dias essa operação(tapa-buracos) e agora vamos até o final", disse o prefeito. Explicou ainda, que essa operação poderá ter paralisações em decorrência de alguns fatores como chuvas, ou de a empresa que está realizando as obras, necessitarem de urgência em outras duas obras que estariam realizando fora do município, em função de algo com gravidade. Sem essas intercorrências, Chiquinho calcula que a empresa ficará na cidade pelos próximos 60 dias.
Perguntamos sobre o caixa da prefeitura. Chiquinho nos disse que a situação está longe do confortável, visto que a arrecadação do município estaria em queda livre. Citamos os recursos do IPVA e do IPTU, sendo que este último está prestes a ser contabilizado. Para Chiquinho esses valores são importantes, porém distante de resolver os problemas do caixa. Citou que os recursos do IPVA são da ordem de R$ 536 mil, e que estão reservados para melhorias no sistema de abastecimento de água no bairro Malvinas. Os recursos com IPTU, não ultrapassariam a cifra de R$ 1,2 milhão, e que metade desse valor já estaria comprometido com operação tapa-buracos e outros reparos asfálticos.
Sobre os repasse para a Santa Casa, disse que está repassando os recursos de acordo com planilhas de gastos da entidade. Chiquinho se mostrou preocupado com novas exigências para repasses de subvenções que além do plano de trabalho que já vem sendo apresentado pelas entidades, haverá a obrigatoriedade de um projeto. "A entidade realiza o projeto, e a prefeitura repassa a subvenção para esse determinado projeto", disse o prefeito.
De acordo com Campaner, o caixa hoje está com R$ 5,9 milhões, sendo que R$ 2 milhões são recursos da Educação.
Perguntei se não está na hora de buscar recursos extras em Brasilia, haja vista a arrecadação que vem caindo. Chiquinho disse que logo em breve irá bater na porta de deputados na capital federal.
Fotos: Ronco
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