Guilherme Haehling e Jorge Hage(arquivo Blog do Ronco)
O ministro de Estado chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, determinou a abertura de processos administrativos de responsabilização contra oito empresas
envolvidas na Operação Lava Jato, que desmontou um esquema de
corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas em sua relação com a Petrobras. As empresas são: Camargo Correa, Engevix, Galvão Engenharia, Iesa, Mendes Junior, OAS, Queiroz Galvão e UTC-Constran. As portarias de instauração dos processos foram publicadas hoje (03) no Diário Oficial da União (DOU).
A decisão é resultado da análise, feita pela equipe da CGU, de
documentos e informações da investigação da Operação Lava Jato, que
foram compartilhadas
pela justiça Federal, pelo juiz Sérgio Moro. Em relação às provas
analisadas, a CGU se baseou, para a abertura dos processos, não apenas
nos depoimentos contidos no material compartilhado, mas principalmente nas provas documentais, como e-mails, notas fiscais, transferências bancárias e registros de interceptações telefônicas, entre outros.
Com base na análise do material compartilhado, a CGU reuniu elementos suficientes para instaurar os oito primeiros processos administrativos com vistas a responsabilizar, de forma individual, as empresas envolvidas nos atos
ilícitos. A análise da Controladoria ainda continua, e há a
possibilidade de que novos processos sejam abertos contra outras
empresas.
A notificação das oito empreiteiras será feita pela Corregedoria da CGU nos próximos dias. Os trabalhos observarão os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa das acusadas. Os processos poderão acarretar, ao final, o impedimento de celebrar novos contratos, a aplicação de multas ou outras penalidades cabíveis, se for o caso.
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