Preservando
o nome real da vítima, vou chamá-la de Maria. Conheço Maria há pelo
menos 3 anos. Trabalhadora, inteligente e muito esclarecida. É
profissional preparadora de equinos de esporte, no caso prepara animais
para salto.
Maria
tem 36 anos e reside em uma propriedade rural muito bem estruturada.
Casa boa, com conforto, jardim no entorno e muita área verde.
No
dia 13 de julho último, Maria acordou às 2h30, com a mão direita muito
inchada e avermelhada. No momento não sentia dor. Perto da 11h00 do
mesmo dia, além do inchaço e vermelhidão a dor começou a incomodá-la. Um
funcionário da fazenda, a levou a um pronto-socorro, próximo das 12h00.
Chegando
ao PS os médicos fizeram todos os protocolos de emergencia, porém sem
saber até o momento o que havia acontecido na mão de Maria.
No
dia seguinte, dia 14 de julho, foi a um hospital, pois a dor havia
piorado, o inchaço não havia sumido e o vermelhidão continuava. Nesse
hospital fez uma bateria de exames.
O
primeiro diagnóstico foi de que uma bactéria havia se alojado na
corrente sanguínea de Maria, mais precisamente em sua mão direita. Foi
receitado antibiótico à Maria.
No
dia 15 de julho, Maria voltou ao hospital com a mão inchada, com
vermelhidão, porém sem dor(provavelmente pela dose de antibióticos que
estava tomando). Nesse mesmo dia, a ponta do dedo indicador apresentava
sinais de necrose. Por esse motivo, Maria ficou internada até o dia 17
de julho em observação sob rígidos cuidados médicos. Maria foi atendida também por médico vascular no dia 17. Nesse dia foi liberada.
No dia 22 de julho, a ponta do dedo começou a "secar"(necrosar por completo).
No
dia 27 de julho, além da necrose na ponta do dedo indicador da mão
direita, havia uma forte infecção, pois havia pus. O dedo médio
apresentava coloração avermelhada.
No dia 28, foi internada e realizada a primeira cirurgia e a amputação da falange do dedo indicador(ponta do dedo com necrose).
No
dia 5 de agosto, foi feito enxerto de pele no dedo médio, pois parte
dele havia sinais de necrose. O enxerto serviu também para o dedo
indicador. A pele foi retirada do pulso do mesmo braço direito.
Diagnóstico:
Maria foi picada por uma Aranha Marron ou Armadeira(como é conhecida).
Maria entrou em contato com o Instituto Butantã e até mesmo com um
especialista que apresenta casos de animais em um programa de grande
audiência na TV. A resposta que deram a Maria, foi que realmente essa
Aranha é muito perigosa devido ao seu potente veneno.
Maria
disse ao Blog do Ronco que ficou muito satisfeita com o atendimento
médico e que está convicta que fizeram o que estava ao alcance dos
profissionais.
Este
relato tem o objetivo de alertar a todos sobre o perigo dessa Aranha
Armadeira, que é comum encontrarmos. Pelo seu tamanho, julgamos que
seja inofensiva, quando na realidade é altamente perigosa. Que sirva de
alerta a todos.
Maria está iniciando fisioterapia. No momento não tem os movimentos completos na mão direita.
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