Ex-secretário da Prefeitura de Araraquara, o vereador Ronaldo Napeloso
(DEM) foi detido na manhã desta terça-feira (6) por supostas cobranças
de propina no governo Marcelo Barbieri (PMDB).
Investigado desde dezembro do ano passado pela Polícia Federal por
supostamente ter um patrimônio maior do que o declarado, Napeloso estava
em sua casa quando foi preso pela PF durante a operação chamada de
Schistosoma.
Segundo a PF, com as investigações, a polícia descobriu indícios de
práticas ilícitas quando ele e outros quatro servidores municipais
exerciam cargos públicos. Napeloso foi encaminhado ao CDP (Centro de
Detenção Provisória) de Araraquara.
Na Secretaria de Ciência, Tecnologia, Turismo e Desenvolvimento
Sustentável de Araraquara, a PF apontou cobrança de valores em troca de
concessão de áreas públicas a empresários para fins de instalação de
comércios.
Já na Secretaria de Agricultura foram detectados indícios de fraude em
programa do governo federal destinado ao estímulo da produção familiar.
A pedido da Justiça, a prefeitura afastou três servidores públicos entre
a semana passada e hoje por suspeita de envolvimento no esquema --entre
eles, um da Secretaria de Agricultura.
De acordo com o presidente da Câmara, João Farias (PRB), a partir desta
quarta-feira (7), o vereador estará afastado por 90 dias por
determinação da Justiça.
Ele havia pedido afastamento de 60 dias entre junho e julho por motivos
pessoais e havia retomado as atividades no último dia 1º.
Nesta terça-feira, a Polícia Federal fez busca e apreensão na Câmara e
na prefeitura. Pertences do vereador e de uma de suas assessoras foram
apreendidos.
AFASTAMENTO
A Prefeitura de Araraquara informou que os responsáveis pelas
secretarias envolvidas pediram afastamento do cargo até que as
investigações sejam concluídas.
"O coordenador Célio Dória e o secretário José Roberto Cardozo
comunicaram o afastamento ao prefeito Marcelo Barbieri nesta terça-feira
e a decisão visa colaborar com as investigações", diz trecho da nota
emitida pela assessoria de imprensa da administração.
A Folha tentou, mas não conseguiu falar com a defesa de Napeloso.
Ainda na tarde desta terça-feira, Barbieri dará uma entrevista coletiva
para falar sobre o assunto.
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