Sergio Ronco
Blog do Ronco
A merenda escolar servida às crianças e jovens, contendo um balanceamento nutricional possibilita melhorar o rendimento do aluno e melhor aproveitamento durante o período em que estão na escola.
Blog do Ronco
A merenda escolar servida às crianças e jovens, contendo um balanceamento nutricional possibilita melhorar o rendimento do aluno e melhor aproveitamento durante o período em que estão na escola.
A merenda escolar é tão importante, pois os que recebem
essa alimentação estão em idade de formação e crescimento necessitando de
proteínas, carboidratos, frutas, tudo muito bem formulado e balanceado.
Há um conceito muito difundido nos dias de hoje em que as
crianças devem substituir as guloseimas por um alimente realmente saudável e
nutritivo. As vezes não é fácil fazer com que os alunos se acostumem com tais
alimentos e um percentual deles rejeitam com facilidade o que é servido.
Com a insistência e a mudança aos poucos dos hábitos alimentares,
grupos que rejeitam vão se adaptando e com isso passam a ter uma saúde
melhorada.
A obesidade infantil também é um problema a ser analisado e
acompanhado.
Merendeira preparando o alimento dos alunos de Dourado
Na semana que passou acompanhamos os passos da preparação
da merenda escolar da cidade de Dourado-SP. O município conta com pouco mais que 8 mil habitantes e são quatro as escolas que recebem a merenda escolar, três vezes ao dia. São elas: Escola
Antonio Monteiro Novo, Senador José Carlos Botelho, Dr. Salles Júnior, Maria do
Carmo Balestero Gutieri, Luiz Antonio Ferreira Malheiro e Escola Miriam
Pallota. Esta última é a única que prepara a merenda no local, as demais na
cozinha piloto do setor social da prefeitura de Dourado.
A cozinha piloto é uma fábrica de fazer alimentos guardando
as devidas proporções do seu tamanho. No espaço de aproximadamente 250m², é
preparado um cardápio variado com direito a verduras, legumes, arroz, feijão,
sopa, polenta, risoto, macarrão, carnes, frutas e outros. Uma pequena padaria
produz diariamente 2.550 pães do tipo bisnaga. Ao lado da padaria é preparado 400 litros de leite de soja que é embalado sem o contato manual em saquinhos plásticos.
Na cozinha um grupo de seis merendeiras se dividem no
trabalho no dia-a-dia, que tem início às 5h45
e encerra os trabalhos às 15h15. São elas: Rosana Aparecida Stanganin
Bono, Gisele Rosa, Sirlei Aparecida Gambarelli, Lucinéia de Fátima Balan, Maria
Silvia Garutti Leonhani e Solange Munhoz Vergílio. Na padaria está Pedro Luiz
Pirangello que prepara e fabrica 2.500 pçaes por dia. A vaca mecânica conta com
os trabalhos do operador Antonio Luiz Modesto de Abreu que ao final do dia
contabiliza 400 litros de leite de soja.
O motorista Nivaldo é quem leva o alimento às escolas em caixas térmicas
com automóvel próprio.
A nutricionista Juliana Maria Fogolin Baptistini(foto) coordena o
trabalho das merendeiras e prepara o cardápio a ser servido às escolas.
Cuidadosa e exigente, Juliana diz que o trabalho é meticuloso e requer muita
atenção de todos. “Nunca tivemos qualquer tipo de problema com a qualidade da merenda”,
disse Juliana com orgulho.
A responsabilidade geral desse setor está a cargo da
Diretora do Departamento de Assistência Social, Ignês Margarida Desajacomo de
Oliveira.
A primeira alimentação é servida às 6h20, com café, leite,
achocolatado, pão e manteiga. A segunda alimentação é servida por volta das
8h45 e a última às 15h30.
Grupo de Merendeiras de Dourado
A cozinha industrial tem todos os equipamentos para a
produção dos alimentos que ali são processados, atendendo cerca de 1.680 estudantes todos os dias de segunda a
sexta-feira.
De acordo com Juliana, a rejeição à certos alimentos por
parte dos alunos é pequena, mas concorda que existe. “Ficamos de olho em sobras
e dessa forma vamos avaliando e alterando sempre que possível”, disse a
nutricionista. Perguntado qual era a unanimidade por parte dos alunos, Juliana
respondeu rapidamente: “macarronada”.
Cortado
definitivamente da merenda estão as frituras. Bolos de vez em quando, em datas festivas, frutas sempre.
Ainda com relação ao cardápio, o mesmo é planejado no
início do anto e poderá sofrer alterações de acordo com a demanda de matérias
primas, aceitação dos alunos, mudanças climáticas e faixa etária.
A reportagem do Blog do Ronco acompanhou desde cedo, todo o
processo de preparação das merendas até a sua distribuição nas Escolas. Quando
o alimento chega às escolas, os balcões térmicos já estão ligados esperando a
merenda.
No cardápio a preparação do risoto
Pudemos notar que os alunos que por motivos diversos não
querem receber a merenda, ficam em outros locais e não entram na fila dos que
receberão o prato do dia. Para a
diretora da Escola Senador José Carlos Botelho, Rosana Ferreira Puerta, muitas
vezes o aluno trás o próprio alimento e as vezes quando vê o que está sendo
servido lhe agrada, acaba entrando na fila também.
Juliana, a nutricionista, destaca também a importância da cozinha
centralizada, pois segundo ela, o controle é maior, a armazenagem dos produtos
no local facilita os trabalhos, a limpeza das instalações é constante, a dedetização
é periódica e também os custos de
preparação são menores.
A hora da Merenda
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