terça-feira, 28 de maio de 2013

Câmara de Ribeirão Bonito volta a discutir a LDO


A Câmara de Ribeirão Bonito voltou na noite de ontem, segunda(27), a discutir a LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2014. Muito bem apresentado pelo contador do Legislativo, Carlos Mascaro, demonstrou às seis pessoas presentes, que o município terá suas contas apertadas mesmo com uma previsão de receita da ordem de R$ 27 milhões.
 Carlos Mascaro apresenta dados para LDO

A conclusão que se chega é de que Ribeirão Bonito não terá espaço para investimento. Outras áreas, como a da saúde, consome uma terça parte dos recursos do município. Quando o mínimo a ser aplicado na saúde é de 15%, Ribeirão Bonito gasta o dobro, ultrapassando a casa dos 30%.( próximo a R$ 9 milhões/ano)

"Ribeirão Bonito está sem arrecadação", disse Mascaro. Perguntado de onde poderia vir uma maior arrecadação, Mascaro disse que não tem outra forma senão através do aumento de tributos.

Alguns pontos polêmicos foram discutidos na sessão, como o baixo preço cobrado pelo fornecimento de água no município, e até mesmo a inadimplência por parte de muitos consumidores.

Três vereadores estavam presentes na sessão: Dimas Tadeu Lima, José Sebastião Baldan e Manoelito da Silva Gomes. Para Manoelito, a cidade necessita de um choque de gestão. "Algo precisa ser mudado, não é possível continuarmos dessa forma", disse exaltado o vereador. Manoelito acha que o prefeito Nenê Forte é um administrador muito bem intencionado, porém está muito mal assessorado.

"Estou  pronto para ajudar o Nenê no que ele precisar, mas acho que tem que ter mais iniciativa", ressaltou Manoelito.

Durante as discussões o Presidente do Legislativo Dimas Lima concordou que a saúde gasta muito, porém afirmou que os recursos são mal aplicados nessa área, sinalizando que poderia haver um maior controle. "O problema é que não tem quem manda", disse Dimas Lima.

Outro problema que com certeza acarretará em maior gasto para a prefeitura é a manutenção da iluminação pública que passará para o município a sua manutenção a partir de 2014.

De acordo com Carlos Mascaro, os precatórios que serão pagos pelo município somam mais de R$ 1 milhão, pagamento esse para este ano de 2013.

Carlos Mascaro apresentou a receita realizada nos últimos três exercícios:
2011 R$ 25.296.703,81
2012 R$ 27.217.679,48
2013 (até 30/04) R$ 10.092.811,82

6 comentários:

arnaldo davoglio disse...

E a Douradense?

arnaldo davoglio disse...

Pelo andar da Carruagem, no futuro não teremos mais pão e circo?.

Quem é culpado?

Ines Camilo disse...

Apenas lembrar o Vereador Dimas que na saúde tem quem manda sim .semana passada tivemos uma reunião no CEM as 8 horas da noite .A secretária Maria Eliza nos mostrou todas as planilhas de consultas ,o quanto está Economizando com as ambulâncias fornecendo a quem mora nos bairros se não houver necessidade de ambulância vale transporte ,também foi relatado que a partir do mês de Março e Abril todos os anos o número de consultas aumenta devido aos migrantes que vem para trabalhar .estavam lá o Sr.José Carlos que trabalha na Prefeitura ,o Sr.Gilberto Yanhes ,Eu ,D.Waldete ,e mais umas pessoas que totalizavam mais de dez.que formam o Conselho Municipal de Saúde .então na saúde tem quem manda sim a secretária cuida bem acessorada pela Silvia Chavier
abraços Ines

Elvio disse...

Na minha opinião, é impossível alguém candidatar-se a um cargo eletivo sem ter noção do que vai encontrar pela frente. O orçamento tem que ser feito de acordo com a realidade do município, doa a quem doer. Cada área deve receber sua previsão, havendo um planejamento para novos investimentos. Simplesmente não dá mais para ficar dando de tudo para todos. Nunca foi assim, desde sempre o povo foi responsável por suas despesas, o Estado sempre forneceu o mínimo e cada um virou-se com suas despesas. Nesse modelo que vem sendo adotado não tem dinheiro que aguente. Uma vez distribuído um percentual justo para cada área, aplica-se o recurso e acabou, acabou! Quem não estiver satisfeito pode ir a São Paulo ou Brasília para reclamar, o que não dá é para deixar o município na penúria, no atraso, priorizando apenas uma parcela da população. É inadmissível falar em reajuste de impostos ou tarifas antes que se faça um real ajuste nos gastos. Da maneira como está hoje, é um paternalismo insustentável e amplamente eleitoreiro.
Dá para mudar. É tempo de mudança.

Carlos Alberto Mascaro disse...

Sergio,
Voce esteve na audiencia e entendeu bem aquilo que eu disse sobre a arrecadação do municipio, nós estavamos discutindo sobre um contexto geral, citando até outros municipios, em nenhum momento eu disse que a solução do problema do nosso municipio era o aumento dos impostos, apenas disse que é a arrecadação própria que propicia melhoras nos investimentos dos municipios. Lógico que tenho noção sobre a falta de planejamento com os gastos municipais e posso afirmar com certeza que quanto mais for arrecadado mais será gasto nos mesmos setores que hoje engolem o orçamento. Assim entramos num circulo vicioso. Precisamos melhorar as gestão dos recursos, não podemos entrar nessa progressão quase geometrica que atingiu alguns gastos municipais. Não temos grandes programas em andamento na saúde, apenas o normal e básico, assim nada justifica esse absurdo de gastos.
Lembro apenas que os Conselhos Municipais não foram criados apenas para referendar gastos após os mesmos ja terem ocorrido, ele deve participar também do planejamento de tais gastos, tanto na Saúde, Educação como Promoção Social. Certa vez ouvi do Guilherme Haehling que quando vereador em Dourado, a Camara daquele municipio exigia a participação ou aval dos Conselhos Municipais para aprovar projetos para os setores.
Carlos Alberto Mascaro
Mais um cidadão preocupado com o destino de nosso municipio.

Sergio Ronco disse...

Prezado Carlos,
Entendi perfeitamente o que foi apresentado. Achei a sua apresentação perfeita, sem dúvidas. As dúvidas que eu tinha foram respondidas. Eu vejo que o município realmente não tem recursos para investimento e eu já disse isso no blog. Foi eu que perguntei a você uma solução para "sobrar" recursos para investimento e uma das saídas dita foi o aumento de tributos. O que não vejo nada de espantoso nisso. Eu não falei que a solução da cidade passa por aumento de tributos. Eu, como munícipe e morador há mais de 30 anos na cidade concordo com tudo o que você escreveu em seu comentário. Acho que estamos falando a mesma língua. Vejo a sua preocupação exatamente como a minha,
obrigado
Ronco