Leandro Modé, de O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - Os bancos Santander e Bradesco negaram nesta
quarta-feira, 9, as especulações de que estariam negociando uma fusão no
Brasil. O rumor, que circula há várias semanas até entre funcionários
das duas instituições, voltou com força - chegou a circular na internet
-, e fez as ações do Santander subirem 2% nas negociações pós-mercado
(after market) da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). As operações
com o papel foram suspensas porque as regras da bolsa brasileira
determinam que a variação máxima no pós-mercado (que tem liquidez muito
mais baixa do que o mercado normal) é de 2%.
"Isso não faz nenhum sentido. O Brasil é hoje responsável por cerca
de um terço da capacidade de geração de receitas do Santander no mundo.
Perder o Brasil equivale a perder metade do coração do grupo", afirmou
ao Estado o presidente do Santander no País, Marcial Portela.
Em nota, o Bradesco desmentiu "categoricamente" as informações sobre uma eventual fusão com o Santander.
Portela disse que a operação brasileira é chave porque é líder na
geração de resultados nas Américas, uma das regiões nas quais o banco
decidiu concentrar os negócios, ao lado da Europa.
"O resultado no Brasil é três vezes superior ao das filiais do
México, do Chile e dos Estados Unidos", exemplificou o executivo. "O
grupo Santander, hoje, é muito brasileiro. A operação aqui é acompanhada
de perto pelo comando global."
Fonte: Estadão
'Veja' volta atrás e apaga notícia da venda do Santander para o Bradesco; bancos negam negócio
SÃO PAULO - A Veja.com, portal da revista Veja, noticiou a compra do Santander Brasil (SANB11) pelo Bradesco (BBDC4) nesta quarta-feira (9) e retirou a informação do ar, a pedido de ambos os bancos, poucos minutos após a publicação original.
O Santander negou a informação, dizendo que ela é incabível e inventada
--ou pelo próprio veículo ou por alguma fonte mal-intencionada. A
revista foi procurada pela reportagem do UOL, mas não tinha se pronunciado até o momento da publicação desta matéria.
De acordo com a matéria original, os funcionários do Santander haviam
recebido um e-mail afirmando. De acordo com a assessoria de imprensa do
Santander, o e-mail citado na matéria era falso, e nunca existiu.
A suposta mentira, porém, colou entre o mercado: as units (certificado
de depósito de ações) do Santander dispararam no after-hour, com alta de
1,97% --o máximo possível-- fechando a R$ 15,51. Esses papéis
movimentaram R$ 32 milhões no período de pós-negociação, um valor muito
alto para o horário, em que SANB11 geralmente movimenta cerca de R$ 300
mil.
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