sexta-feira, 30 de novembro de 2012

EMEIs de Ribeirão Bonito formam mais de 150 crianças

Cerimônia de formatura contou com centenas de pessoas nesta quinta 

Marcel Rofeal, de Ribeirão Bonito 

Fotos: Marcel Rofeal/BMR
Centenas de pessoas, entre elas pais e familiares dos formandos, participaram na noite desta quinta-feira (29) nas dependências da Sociedade de Natação Primavera Clube, no Centro, da cerimônia de formatura de 153 crianças das escolas municipais de educação infantil (EMEIs) “Georgina Emília Signini Gayoso”, “Maria Morganti” e “Prof.ª Lúcia Jair Lucato”. A solenidade contou com a presença de autoridades, como o atual e o futuro prefeitos de Ribeirão Bonito.

A cerimônia começou pouco depois das sete horas da noite. O tema do evento, que chegou a quarta edição este ano, foi “Anos 60”; no ano passado, o tema era “As Nações”. Sidney Nascimento foi quem abriu a solenidade e conduziu a apresentação. Nascimento explicou que é o encerramento da primeira etapa da vida letiva dos estudantes. Destacou a necessidade de formação de cidadãos preocupados com o bem-estar comum e com a coletividade.

Foram convidadas a compor a mesa: o prefeito Paulo Antonio Gobato Veiga (PPS); o prefeito eleito Wilson Forte Júnior (PMDB); a diretora de Educação Maria Izabel Castro da Silva; a assessora educacional Rita de Cássia Yamaguchi; diretoras das EMEIs; diretoras de escolas de ensino fundamental; o vice-presidente da Câmara José Sebastião Baldan (PMDB); o diretor de Transportes Carlos Henrique Raeli; e a coordenadora pedagógica da Educação Infantil Adriana Martins.

Para dar início à cerimônia, adentraram ao recinto as três turmas da EMEI “Georgina Gayoso” -- do conjunto habitacional “Prefeito Victor Arnaldo Torrezan” --, duas turmas da EMEI “Maria Morganti” -- do Jardim Centenário -- e três turmas da EMEI “Prof.ª Lúcia Jair Lucato” -- do Centro. Após a execução do Hino Nacional, a aluna Maria Eduarda dos Anjos Costa, da EMEI do Jardim Centenário, comandou o juramento dos formandos. A entrega dos diplomas veio na sequência.

Durante seu pronunciamento, o prefeito Paulo Veiga parabenizou o Departamento de Educação pelo evento e lembrou que a ideia surgiu quando a pasta era chefiada por Regiane Pagani Serra dos Reis, atual diretora da Escola Municipal “Prof.ª Maria Olympia Ramos Fabri” do conjunto habitacional “Prefeito Emygdio Lucato”. Veiga também ressaltou que está deixando o cargo em um mês, mas disse que a iniciativa deve ser levada adiante pelo seu sucessor Nenê Forte.

Já a diretora Maria Izabel Castro da Silva agradeceu aos pais de alunos pela confiança que depositam nas unidades públicas de ensino e parabenizou as diretoras, coordenadoras e professoras pelo evento. Maria Izabel disse que, para os pais, cada filho é único e que, a cada dia, eles enviam “seu maior tesouro para nós”. Ela ainda reforçou a importância da família na formação das crianças e disse que espera vê-los cidadãos ao concluírem as etapas da vida escolar.

Viagem no tempo – Vestidos a caráter, os formandos se apresentaram ao som de clássicos que embalaram os anos 60. As três turmas da EMEI “Georgina Gayoso” coreografaram os sucessos “Tô Ligado em Você”, “Estúpido Cupido” e “Lacinho Cor de Rosa”, coordenados pelas professoras Aline e Branca, Rose e Rita, respectivamente. “Banho de Lua” e “Biquíni Amarelinho” foram escolhidos pelos estudantes da EMEI “Maria Morganti”, comandados pelas professoras Cecília e Roberta.

As últimas apresentações ficaram por conta da EMEI “Lúcia Jair Lucato” com as músicas “Splish Splash”, ao comando da professora Nil, e “Broto Legal”, com as professoras Marina e Lídia. Ao encerramento da solenidade, todos se deram as mãos para cantar a música “Marcas do que se foi”. A mensagem especial de fim de ano da Educação Infantil 2012 é de que todos se reinventem a cada dia com novas conquistas, aprendendo e ensinando, semeando paz, amor, amizade alegria e felicidade.

Um comentário:

arnaldo davoglio disse...

Prezado Ronco, peço que voce, na qualidade de jornalisa, publique a materia abaixo.

“The New York Times” relaciona morte de PMs a falta de apoio e baixos salários 02/12/2012


SÃO PAULO, SP, 2 de dezembro (Folhapress) – O jornal americano “The New York Times” voltou a retratar a violência em São Paulo em artigo de opinião publicado ontem. De acordo com o jornal, o alto número de policiais militares assassinados está relacionado aos salários baixos e a falta de apoio oferecida pelo Estado aos PMs.

O texto foi assinado por Graham Denyer Willis – candidato a pós-doutorado em estudos e planejamento urbano no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e que realiza pesquisa focada na cidade de São Paulo.

Segundo a publicação, a polícia de São Paulo vive uma guerra contra o PCC. “Até agora, 94 policiais foram mortos em São Paulo em 2012 – número duas vezes maior do que no ano passado. Entre julho e setembro, policiais militares em serviço mataram 119 pessoas na região metropolitana e, apenas nos três primeiros dias do mês de novembro, 31 pessoas foram assassinadas na cidade”.

Para o pesquisador, o alto número de PMs assassinados é reflexo da falta de apoio que recebem do governo, já que com salários baixos, os soldados são forçados a viverem em comunidades pobres, próximo a membros de facções criminosas.

“Em cidades em expansão como São Paulo, os policiais mal remunerados com frequência vivem lado a lado com membros do crime organizado em periferias urbanas espalhadas pela cidade e negligenciadas pelo governo. Frequentemente designados para trabalhar em áreas distantes de suas casas, eles estão protegidos em serviço, mas, fora do horário de trabalho, não dispõem de praticamente nenhuma segurança”, diz o artigo.

O caso de Marta Umbelina da Silva de Moraes, 44, primeira mulher a morrer nos assassinatos em série de PMs na Grande São Paulo, é citado no artigo. No dia 3 de novembro, a soldado – que realizava trabalhos administrativos e nunca prendeu ninguém – levou ao menos dez tiros ao chegar em casa, na Vila Brasilândia, também zona norte, depois de ter ido buscar a filha caçula, de 11 anos.

De acordo com o “NYT”, “o único erro de Marta foi viver em uma comunidade desfavorecida, e, como policial, ela não estava sozinha. Quase todas as mortes de policiais de São Paulo em 2012 aconteceram quando eles estavam fora de serviço.”

Segundo o texto, é quase impossível “subir os degraus corporativos da força policial”. “Os concursos públicos da polícia brasileira selecionam seus candidatos por nível educacional e criam empecilhos para o crescimento profissional e a mobilidade econômica”. Sem conseguir deixar as comunidades pobres, os policiais são forçados a esconder a profissão, evitar qualquer tipo de contato social, tornar-se corrupto ou até mesmo participar de grupos de milícia, diz o artigo.

O pesquisador afirma que os líderes políticos não podem fugir da responsabilidade. “Apesar de ter aumentado modestamente o salário dos policiais nos últimos anos, [o governador Geraldo Alckmin (PSDB)] fez pouco para amenizar a exposição dos oficiais de baixo escalão”.

Para Willis, a troca da cúpula de Segurança Pública do Estado é um avanço, mas a nova liderança deve estar aberta “a novas ideias e que coloque em prática uma visão que ataque diretamente as falhas do sistema”.

“O aumento de salários e a eliminação de dificuldades de desenvolvimento de carreira ajudam; no entanto, o Brasil e outros governos latino-americanos precisam encontrar maneiras de transformar os policiais em recursos valiosos e respeitados em suas próprias comunidades, através da projeção de uma imagem mais humana da força policial ou de seu uso em outros serviços públicos locais”, conclui o artigo.