José Carlos Calza, o candidato mais votado nas eleições para prefeito
de Descalvado (SP), disse nesta quinta-feira (22) que pretender recorrer
em todas as instâncias da Justiça para que possa assumir o cargo em
2013. Calza, que obteve 54% dos votos, teve a candidatura impugnada pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como a maioria dos votos pode ser
anulada, a cidade poderá ter novas eleições para prefeito, segundo a
Justiça Eleitoral.
Calza teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral, depois que
as contas de 2007 e 2008, época em que governou o município, foram
rejeitadas. “Nem o Tribunal de Contas, nem a Câmara Municipal definiram
que minhas contas tem dolo, insanabilidade ou tenha improbidade
administrativa”, disse.
Ele entrou com um recurso, mas o ministro do TSE Marco Aurélio de Mello
não acatou as alegações nesta quarta-feira (21). “Se caso ela continuar
sendo indeferida, eu vou ao Supremo Tribunal Federal (STF) com uma
liminar, tentando fazer com que tenhamos ganho de causa”.
Novas eleições
De acordo com a Justiça Eleitoral da cidade, se a candidatura de Calza permanecer indeferida, os 54% dos votos que ele conquistou nas urnas vão ser considerados nulos. Pelo código eleitoral, quando mais da metade dos votos são nulos, o TRE tem de 20 a 40 dias para convocar novas eleições.
De acordo com a Justiça Eleitoral da cidade, se a candidatura de Calza permanecer indeferida, os 54% dos votos que ele conquistou nas urnas vão ser considerados nulos. Pelo código eleitoral, quando mais da metade dos votos são nulos, o TRE tem de 20 a 40 dias para convocar novas eleições.
Se Calza não puder assumir o cargo, o segundo colocado, Luis Antônio
Panone, que hoje governa a cidade, defendeu que deve continuar à frente
do município. “Nós entendemos que os votos atribuídos a um candidato que
nunca teve registro deferido pela Justiça Eleitoral sejam absolutamente
inexistentes”, afirmou Panone.
Se acontecer uma nova votação e Panone for reeleito, pode surgir um
novo problema, já que ele tem um processo correndo no TRE por uma
suposta compra de votos com cestas básicas. “Nós também prosseguiremos
nas instâncias superiores da Justiça Eleitoral”, disse.
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