O relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal
(STF), ministro Joaquim Barbosa, começará nesta quarta-feira (10) a ler
o voto sobre seis pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores acusadas
de lavagem de dinheiro, entre eles os ex-deputados federais Paulo Rocha
(PT-PA), João Magno (PT-MG) e Professor Luizinho (PT-SP), além do
ex-ministro Anderson Adauto, este já absolvido de corrupção ativa
(oferecer vantagem indevida).
Antes, o tribunal vai concluir o julgamento sobre 10 acusados de
oferecer propina a parlamentares da base aliada em troca de apoio
político ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Votarão o
ministro Celso de Mello, que não compareceu ao julgamento na terça (9)
em razão de uma consulta médica em São Paulo, e do presidente do
Supremo, Carlos Ayres Britto.
A maioria dos ministros -- seis votos a dois -- condenou o ex-ministro da Casa Civil
José Dirceu por um dos crimes de que é acusado, corrupção ativa. Também
foram condenados o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do
partido Delúbio Soares e o grupo de Marcos Valério.
Com a conclusão do julgamento do item sobre corrupção ativa, o Supremo
terá analisado cinco dos oito tópicos da denúncia da Procuradoria Geral
da República, restando apenas lavagem de dinheiro por parte do PT,
evasão de divisas e formação de quadrilha.
Ao todo, 25 dos 37 réus do processo do mensalão já sofreram condenações
na análise de cinco itens: desvio de recursos públicos, gestão
fraudulenta, lavagem de dinheiro, corrupção entre partidos da base e
corrupção ativa - veja como cada ministro votou sobre cada réu. As penas para os condenados só serão definidas ao final do julgamento.
Até a sessão desta terça (9), foram inocentados cinco réus pelo
conjunto dos ministros do Supremo: os ex-ministros Luiz Gushiken e
Anderson Adauto, o ex-assessor do extinto PL Antônio Lamas, além da
ex-funcionária de Valério Geiza Dias e da ex-diretora do Banco Rural
Ayanna Tenório, que ainda serão julgada.
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