quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Relator inicia voto sobre acusação de lavagem de dinheiro a réus do PT

Fabiano Costa, Mariana Oliveira e Nathalia Passarinho 
  Do G1, em Brasília

 
O relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, começará nesta quarta-feira (10) a ler o voto sobre seis pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores acusadas de lavagem de dinheiro, entre eles os ex-deputados federais Paulo Rocha (PT-PA), João Magno (PT-MG) e Professor Luizinho (PT-SP), além do ex-ministro Anderson Adauto, este já absolvido de corrupção ativa (oferecer vantagem indevida).

Antes, o tribunal vai concluir o julgamento sobre 10 acusados de oferecer propina a parlamentares da base aliada em troca de apoio político ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Votarão o ministro Celso de Mello, que não compareceu ao julgamento na terça (9) em razão de uma consulta médica em São Paulo, e do presidente do Supremo, Carlos Ayres Britto.

A maioria dos ministros -- seis votos a dois -- condenou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu por um dos crimes de que é acusado, corrupção ativa. Também foram condenados o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares e o grupo de Marcos Valério.

Com a conclusão do julgamento do item sobre corrupção ativa, o Supremo terá analisado cinco dos oito tópicos da denúncia da Procuradoria Geral da República, restando apenas lavagem de dinheiro por parte do PT, evasão de divisas e formação de quadrilha.
Ao todo, 25 dos 37 réus do processo do mensalão já sofreram condenações na análise de cinco itens: desvio de recursos públicos, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, corrupção entre partidos da base e corrupção ativa - veja como cada ministro votou sobre cada réu. As penas para os condenados só serão definidas ao final do julgamento.

Até a sessão desta terça (9), foram inocentados cinco réus pelo conjunto dos ministros do Supremo: os ex-ministros Luiz Gushiken e Anderson Adauto, o ex-assessor do extinto PL Antônio Lamas, além da ex-funcionária de Valério Geiza Dias e da ex-diretora do Banco Rural Ayanna Tenório, que ainda serão julgada.

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