segunda-feira, 15 de outubro de 2012

MP instaura procedimento para investigar ameaças a jornalista

O Grupo Especial de Controle Externo da Atividade Policial (GECEP) do Ministério Público do Estado de São Paulo instaurou, no dia 10 de setembro, um procedimento investigatório para apurar as ameaças, supostamente cometidas por policiais civis e militares, contra o jornalista André Caramante, repórter do Jornal Folha de S. Paulo. 

O procedimento, instaurado pelo promotor de justiça Antônio Benedito Ribeiro Pinto Júnior, visa dar prosseguimento a uma representação do jornalista que alega estar sendo ameaçado devido a sua atuação profissional. Um dos autores da ameaça teria telefonado para a redação do Jornal Folha de S. Paulo no dia 28/08 e dito “que iria mandar o Caramante para o inferno” e que ele deveria “ter cuidado com os seus filhos”. 

Em outra ligação, realizada na mesma data, o autor da ameaça dizia: “Quero deixar um recado para o André Caramante. Para ele deixar a polícia trabalhar em paz ou os filhos dele vão estudar no tacho do inferno”. As informações são confirmadas pelos funcionários responsáveis pelo atendimento telefônico da empresa.

 Na representação enviada ao Ministério Público, o jornalista incluiu mensagens e postagens em blogs e redes sociais que comprovam as ameaças sofridas. No dia 24 de setembro, o Ministério Público do Estado de São Paulo oficiou a operadora VIVO, solicitando os dados cadastrais do número identificado em algumas das ligações de ameaça realizadas pelo celular. A solicitação do MP-SP independente de autorização judicial, em conformidade com a Lei nº 12.683/2012.

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