Último adeus a Fernando Botelho
Fernando Botelho e Josmar Verillo
O corpo do empresário Fernando Botelho, morto ontem em acidente aéreo
no Broa em Itirapina, região de São Carlos, foi velado por um curto espaço de tempo na Capela 3 do
Hospital Albert Einstein em São Paulo. Fernando era casado com Rosana Camargo,
filha mais velha do empresário Sebastião Camargo.
A partir das 06h00, começaram a chegar familiares e amigos que
rapidamente lotaram o local. Dentre outros, estiveram presentes os sócios da
Camargo Correa, Luiz Nascimento Ortiz e sua esposa Renata Camargo, e Carlos
Pires com Regina. Estiveram presentes também, José Cutrale, Josué Gomes da Silva, Paulo Skaf, Murilo Passos,
Alan Belda, Franklin Feder, Victor Hallak, Paulo Setúbal, Wilson Ferreira
Junior, Carlos de Campos e quase todos executivos do Grupo Camargo Correa. Em
clima de muita emoção logo após as 08:00 hs o corpo foi levado para cremação.
Diversas versões correm sobre o acidente, mas o que se tem de fato até
o momento é que o empresário já havia feito um vôo com o aparelho T-28, avião
militar com motor de grande potência, e em seguida convidou o piloto Sergio
Robattini para um segundo vôo. Poucos minutos após a decolagem o avião se
chocou de barriga em um canavial. Pode ter havido uma pane e o avião teria perdido
altura rapidamente se chocando com o solo, mas as causas só serão conhecidas
após a investigação do acidente.
Sergio Robattini, que também morreu no acidente, era piloto do Jato
Falcon da Camargo Correa e tinha muitos anos de experiência em diversos tipos
de aeronaves e em vôos internacionais.
O desaparecimento de Fernando Botelho é um grande golpe. O empresário
promovia diversas atividades que ajudavam o desenvolvimento da região. Ele e as
empresas do Grupo Camargo Correa contribuem com muitas entidades e projetos da
região.
Através do mesmo, a AMARRIBO conseguiu a doação de todo cimento
necessário para a reforma da Santa Casa de Ribeirão Bonito. Ele promovia
anualmente o Broa Fly In que atraia centenas de aeronaves do Brasil e do
exterior e milhares de visitantes que lotavam a rede hoteleira de São Carlos e
da região.
Ele era visitante assíduo da Fazenda Santa Eliza em Ribeirão Bonito,
onde pousava com os diversos modelos de aviões antigos que recuperava e
mantinha no Broa. Josmar Verillo, que esteve no velório do amigo, diz:
"Fernando tinha uma rara combinação de
visionário e realizador. Ele conseguiu construir uma réplica do Demoliselle, o
segundo avião de Santos Dumont, e conseguiu voar no mesmo no centenário do pai
da aviação. Ele fará muita falta”
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