Ribeirão Bonito
Foi com essa manchete, que o Jornal Agosto nº 24, de 23 de junho de 2004, fez a matéria com o proprietário da Cachaça Beija-flor, hoje com o nome Vanalli, Luiz Antonio Vanalli.
O assunto está em pauta, visto que a Presidente Dilma Rousseff em visita ao Presidente dos EUA, Barack Obama, selou acordo, onde o nome CACHAÇA passa a sser exclusivo do produto brasileiro, bem como o Bourbon, a passa a ser exclusivo dos EUA.
Veja a matéia do Jornal Agosto nº 24 de 23/06/2004
O primeiro concurso paulista de cachaça artesanal,
coordenado pelo professor João Bosco Farias, realizado em Araraquara, numa
parceria entre a Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp, Sebrae-SP/
SAI(Sistema Agroindustrial Integrado), Sindicato Rural, com o apoio da
Associação Brasileira de Bebidas, desenvolveu- se da seguinte
forma: as amostras inscritas foram
icialmente submetidas a um processo de avaliação que foi conduzido no
laboratório de análise da Unesp por um painel de provadores que indicou dentre as amostras aquelas que apresentaram as médias de aceitação, com relação ao aroma, sabor e impressão global, mais alta; também foram avaliadas quanto a sua aparência, cor e embalagem.
As amostras foram finalmente avaliadas por uma equipe de especialistas da área que, com base nos resultados obtidos pelo painel e na avaliação individual dos próprios membros, indicaram as amostras melhores classificadas no concurso.
Participaram mais de 60 tipos e marcas de cachaças.. Dessas, foram
escolhidas 10, de onde saíram as 3 melhores. A vencedora foi a cachaça Beija- Flor produzida por Luiz Antonio
Vanalli, que é proprietário do Sítio São Francisco no distrito de Guarapiranga, Ribeirão
Bonito, que produz cachaça artesanal há 20 anos; de acordo com Vanalli nos
últimos dez anos é que começou a ter uma visão empresarial do seu negocio e a partir daí investiu em
equipamentos e melhoria da qualidade de sua cachaça.
A cachaça Beija- Flor
que Vanalli inscreveu e venceu o concurso são safras envelhecidas em tonéis de
carvalho. O troféu e o prêmio, segundo Luiz Antonio Vanalli, são o
reconhecimento de um trabalho contínuo
em família e demonstram o quanto é importante agregar valor ao produto. Ele espera que daqui
pra frente a Beija-Flor conquiste outras regiões não só de São Paulo mas também
chegue a outros estados.
A produção atual da Beija- Flor é de 100 mil litros/ano, sendo que a safra
mais antiga é de 1993 envelhecida em tonéis de carvalho onde acontecem as
transformações químicas que aprimoram a bebida.
Acompnahe na postagem abaixo a matéria da EPTV com Luiz Vanalli.
3 comentários:
Uma boa cachaça, segundo o filho do "Dodinho Casadei de Dourado":
1) A cana utilizada deve ser uma cana especial(conhecida como cana de açucar), desenvolvida para cachaça;
2) A colheita da cana deve ser feita manualmente, o que permite escolher apenas canas maduras e sem a queima do canavial que barateia a colheita mas reduz muito a qualidade, após a queima do canavial um produto inferior, uma agressão ao meio ambiente;
3) A cana colhida deve ser transportada rapidamente várias vezes ao dia para o engenho, as canas são sempre cana fresca em benefício da qualidade;
4)Deve ser utilizado fermento NATURAL com leveduras vivas sem qualquer agente químico.Fermentada por um período mínimo de 24 horas, quando as leveduras consomem o açúcar da cana e metabolizam o álcool;
5) Devem ser colocada em Alambiques tradicionais concebidas para aprimorar cachaça, sem uso de fogo direto, usando somente vapor, com um aquecimento constante sempre em função da qualidade, descartando 30% da produção, ou seja, as partes de sabor inferior e impróprias para consumo, reduzindo, destarte, as substâncias químicas como Metanol, Aldeídos, Furfurol, Mecaptano, Chumbo, Cobre, etc.
O descarte é de 10% do inicio do processo (cabeça) e 20% final (cauda), aproveitando somente 70% da produção (coração), o que há de melhor na cachaça;
7)Toda cachaça artesanal é envelhecida pelo menos 01 ano em tonéis de madeira( nobres apenas, o amendoim que não agrega cor nem sabor (neutra) e o carvalho que deixa a cachaça com sabor requintado, leve, suave e bouquet levemente amadeirado, proporcionando assim o produto muito preferido pelos grandes conhecedores de cachaça), devendo ser envelhecidos de 01 a 15 anos.
Enfim, o produtor deve preocupar-se primeiramente com a qualidade superior de seus produtos em respeito ao bom gosto e a saúde do nosso consumidor, pois não tem o efeito do dia seguinte (a conhecida ressaca).
Parabéns á família Vanalli, que começou tão "pequena" há anos atrás e soube conduzir a empresa familiar ao patamar que chegou!
Salvo engano, o nome do filho do Dódinho Casadei é "Dair Casadei".
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