sábado, 26 de novembro de 2011

Crônica - Bons Tempos

Éramos felizes e não sabíamos

Seis horas da manhã, acordo, tomo o meu Tody com aveia Quaker e vou à escola. Chego atrasado pois o ônibus Ford encrencou no caminho. Entro na sala de aula e dona Lourdes se preparava para ir ao quadro negro empunhando giz e apagador(que sujeira fazia esse conjunto).

Hora do recreio, fila na cantina. A maioria queria experimentar o novo refrigerante, o CRUSH. A garrafa era sugestiva com frisos em toda a volta. Conhecíamos a Coca-Cola e o Guaraná Antartica, mas o de cor laranja era novidade.

Naquele dia o tempo mudou, e de repente caiu a chuva inesperada. Calçava o 7 vidas, em conseqüência disso cheguei em casa com o pé encharcado .

 Após um belo banho, o Talco Jonhson nos pés para prevenir frieiras.


A roupa foi direto para o tanque, pois o Sabão Rinso sempre lavava mais branco. Como o 7 vidas estava molhado, calcei o meu Bamba e fui com meu pai a bordo do Sinca Chambord de cor vermelho, abastecer em um posto Esso, aquele do Tigre.

Meu pai parou em uma farmácia para comprar lâmina de barber da marca Gillette. À nossa frente no estacionamento, um belo Aero Willys executivo.

Meu pai tinha mania de se pentear a todo momento, motivo pelo qual o Pente Flamengo estava no bolso da Calça de Tergal, aquela do senta-levanta.

A chuva que tomei, não me fez bem, minha mãe me fez tomar dias seguidos do fortificante Biotônico Fontoura.

Certa vez fui obrigado a tomar o Òleo de Bacalhau Scott(quase fiz um boletim de ocorrência contra minha mãe)

Em dias de chuvas não mais usava o 7 vidas, passei para o Vulcabrás. Afinal a propaganda na nossa TV RQ – Colorado era positiva quanto ao novo calçado.

Na hora da fome, um belo cozido feito em travessa Pirex e servido em pratos colorex. Minha mãe costumava usar a Gordura Vegetal Saúde nos diversos pratos que preparava.

Após a refeição direto para o banheiro escovar os dentes com Kolynus. Aproveitava para passar um pouco de Glostora no cabelo.

A calça Brim Coringa era quase um uniforme. As camisas minha avó dava conta de confeccioná-las em sua máquina Singer, sempre usando o óleo da mesma marca Singer.

Ia eu me encontrar com os amigos, mas antes passava na padaria do seo Manoel para comprar o Drops Dulcora, aquele embrulhadinho um a um. Minha Bicicleta Monark era o meio de transporte mais rápido.

Em casa era obrigado a estudar tendo a Enciclopédia Barsa ao lado, afinal, lá trazia de tudo. Confesso que tinha a coleção da revista Bolinha e Roy Rogers.

O dia passava rápido e a noite chegava para o bom descanso. O Cobertor Parayba sempre a minha disposição.

No dia seguinte o despertador com duas sinetas laterais me acordam para as tarefas de sempre.

O tempo passou rapidamente, mas as boas lembranças jamais serão esquecidas.

Duvido que outra época áurea como a vivida possa se apresentar com mesmo gramur no futuro. 

Recordar é viver, como dizia o poeta. Obrigado por ter vivido plenamente esses bons anos.

 
 Vamos acordar!!!!

8 comentários:

arnaldo davoglio disse...

Kombi chega a 1,5 milhões de unidades produzidas

25 de novembro de 2011 |


Primeiro veículo da Volkswagen fabricado no Brasil, a Kombi chegou à marca de 1,5 milhões de unidades produzidas na fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP).

Lançada no Brasil em 1957, teve 370 unidades emplacadas no primeiro ano de produção. Vinte anos depois, alcançou o marco de 500.000 unidades comercializadas.

A Kombi foi idealizada na década de 40 por um holandês chamado Ben Pon, que pretendia juntar o conjunto mecânico do Fusca em um veículo leve de carga.

Wal disse...

Eu conheci tudo isso.
Adorava Toddy...só que era caro...não era sempre que dava
para minha mãe comprar.
Crush, que delicia.
Quando tocava a musiquinha do Cobertores Parahiba na TV, meu pai só olhava prá gente e já sabiamos que era hora de dormir.
Lembram da música?
"Tá na hora de dormir, não espere mamãe mandar. Um bom sono prá você e um alegre despertar."

Tempinho bom. A gente era feliz e não sabia.

Ines Camilo disse...

nunca tive um carro próprio,mas vivi este tempo bom que me trás tanta saudades. tinha todos meus irmãos vivos éramos uma família de italianos bem numerosa TODOS TRABALHAVAM e não ia pra ver rsrsrs
tinha um tal de rabo de tatu que fazia qualquer um correr rsrs.
mas falando sério trabalhavamos desde os oito anos e porisso valorizamos tudo o que temos apesar de algumas dificuldades não posso negar ,JÀ FUI E SOU MUITO FELIZ ,obrigada Sergio por nos fazer ves em quando voltar-mos ao passado com ele vem tantas lembranças .......
abraços
Ines

Milton A.Bueno disse...

Bons tempos... Meu pai comprou uma dos primeiros televisores aqui em Dourado, no início da década de 60, uma TV Colorado RQ, igualzinha essa da fóto e que existe até hoje (está com meu irmão Mauro). Naquele tempo a gente captava o sinal que vinha de Torrinha, com uma antena "pé-de-galinha", instalada na ponta de um eucalipto, de aproximadamente 20 metros de altura.

arnaldo davoglio disse...

Carro velho não... antigo, por favor.
Na contramão dos sonhos de consumo da maioria, há quem tenha verdadeira paixão por veículos antigos.Enquanto a maioria dos motoristas sonha com os mais arrojados modelos de carros zero quilômetro, um grupo cultiva a paixão por carros antigos(Dodge Charger, Fusca, Variant e Caravan — modelos lançados entre as décadas de 60 e 70 —, todos antigos, mas muito longe daquele estigma de carro velho).

arnaldo davoglio disse...

"Armazem" do Pasquale...


Bicicleta "Göricke" dos anos 50. O selim de couro duro era uma característica das bicicletas da época.
A fabricante, alemã, veio ao Brasil em 1955 e aqui permaneceu até início dos anos 60 .

arnaldo davoglio disse...

A DKW é uma marca histórica de automóveis e de motocicletas, associada em todo o mundo a motores com ciclo de dois tempos, que teve seus automóveis fabricados sob licença no Brasil pela Vemag entre 1956 e 1967. A DKW foi uma fábrica alemã fundada em 1916 pelo engenheiro dinamarquês Jørgen Skafte Rasmussen que, em 1932, com a Grande Depressão, se uniu por sugestão do Saxon National Bank a outras três fábricas, a Audi, a Horch e a Wanderer, para formar a Auto Union. Em 1938, o grupo ganhou a participação da NSU. Em 1957, a Auto Union foi adquirida pela Daimler-Benz e, em 1964, pela Volkswagen, passando então a ser denominada Audi.
Logotipo da DKW, com o símbolo da Auto Union, em um de seus produtos.

A sigla DKW significava inicialmente "Dampf-Kraft-Wagen", carro de força a vapor, já que os primeiros produtos oferecidos pela empresa foram pequenos motores a vapor. Com o tempo, a empresa passou a oferecer motores a gasolina com ciclo de dois tempos, mas a denominação DKW foi mantida. Esses primeiros modelos de motor de dois tempos foram adaptados para brinquedos e foram denominados "Des Knaben Wunsch", o desejo dos meninos. Uma outra versão foi adaptada para motocicletas e denominada "Das Kleine Wunder", a pequena maravilha. Esta última denominação permaneceu ao longo do tempo e apareceu em vários textos promocionais da marca em todo o mundo.

arnaldo davoglio disse...

Primeiro carro fabricado no Brasil


No dia 15 de novembro de 1957, circulava nas ruas do país o Primeiro automóvel fabricado no Brasil, com um índice de nacionalização relativamente elevado: a Perua DKW.

As linhas traseiras quadradas nada tinham a ver com a frente arredondada, herdada dos DKW fabricados na Alemanha, pela Auto-Union. Não havia muitas alternativas quanto à cor da pintura e nem do estofamento. Apesar do design pouco atraente, a Perua surpreendia pelo desempenho e economia.

O motor era de dois tempos e três cilindros, com tração dianteira, 900cm³ e 40CV. No entanto, sua aceleração e velocidade máxima eram razoavelmente boas para a época.

O câmbio tinha quatro marchas para a frente, estabilidade satisfatória e o consumo de gasolina surpreendentemente baixo. O grande inconveniente era a necessidade de se misturar o óleo à gasolina, no próprio tanque, além do horrível cheiro exalado.

A Perua DKW também foi o primeiro carro brasileiro com características de continuidade. Em 1959, porém, o automóvel nacional se tornou uma realidade palpável: ele era visto nas ruas e nas estradas, estava nas concessionárias e podia ser adquirido até mesmo com financiamento.

Neste ano surgiu ainda a Perua DKW de linhas renovadas, o sedan DKW, o primeiro Volkswagen 1200, o Simca Chambord, a VW Kombi e o Renault Dauphine.