Pergunta da área da saúde deixa profissional irritado

Ribeirão Bonito

A convite dos organizadores da 1ª Conferência Municipal da Saúde de Ribeirão Bonito, fui representando a OSCIP AMARRIBO BRASIL, para a programação que se iniciou ontem quinta(14) com a continuidade dos trabalhos nesta sexta(16).

Assisti à abertura dos trabalhos ontem e hoje, retornei à Câmara Municipal, para assistir às palestras programadas. Vou descrever o evento na postagem acima, aqui nesta postagem me reservo o direito a um breve relato do que ocorreu comigo.

Após as duas palestras programadas, três enfermeiras foram chamadas para que apresentassem um relatório dos PSFs dos quais prestam serviços. As três profissionais relataram aos presentes os problemas que as suas unidades apresentam. Diga-se de passagem, com muito profissionalismo e de uma forma muito clara, são elas: Jenifer, Silvia e Luciana.

Um senhor que estava na platéia fez uma pergunta, aliás, esse senhor teve uma participação ativa durante todo o evento. Respondida a pergunta do munícipe, questionei a um dos organizadores se o momento previa a formulação de  perguntas, o que foi respondido positivamente.

Com essa autorização, fiz a minha pergunta da seguinte forma: " A minha pergunta pode causar constrangimento e "saia justa" às três enfermeiras, motivo pelo qual peço que a Secretária da Saúde possa ajudar no meu questionamento. Tenho recebido comentários que médicos estariam faltando com certa frequencia aos PSFs, horários esses, em que deveriam estar à disposição da população. Esse fato é verdadeiro, ou são comentários sem fundamento.

Confesso a vocês amigos, que pelo que ví e ouvi,  a resposta foi unânime,  que realmente as faltas  acontecem com frequencia. Diante desse fato, voltei com a palavra dizendo que então há falhas que devem ser corrigidas, pois dessa forma acaba por prejudicar toda uma estrutura onde estão envolvidos vários outros profissionais da saúde, incluindo-se as próprias enfermeiras.,isso sem contar com  o maior prejudicado, a população.

O palestrante José Luiz Riani Costa, tomou a palavra dizendo que esse é um problema que tem que ser resolvido, mas que não é exclusividade de Ribeirão Bonito, porém deixou claro que há que se achar uma solução para o caso.

Fiquei mais que satisfeito com as respostas, pois previa que durante  os trabalhos em grupos (previsto para à tarde), esse fato voltaria à discussão para uma possível solução. 

Deu-se o intervalo e um médico  que estava presente veio até onde estávamos e censurou a minha pergunta, dizendo  que foi inoportuna e fora do momento para tal. Disse ainda que um médico não pode ser avaliado olhando seu trabalho no relógio. Disse mais, que era uma conferência e que eu não deveria ter assistido ao evento.

Amigos, não sei o por que a pergunta lhe fez tanto mal(ao médico). Respeito o profissional, porém não concordo com a censura ao meu questionamento.  Além do que, como disse, perguntei a um dos organizadores se o momento era propício a peguntas. A liberdade de expressão está garantida por lei a todos os cidadãos, eu não ofendi ninguém, não mencionei nomes, não afirmei, apenas questionei se médicos faltavam ao trabalho em horário que deveriam estar prestando serviço, nada mais que isso.

Não acho justo que que um profissional,  seja ele  de que área for, receber salários dos cofres públicos e  não cumpra o horário pré-determinado. Eu quero deixar claro que não coloquei a questão quanto a avalição do trabalho em si dos profissionais(se é bom ou não). A minha pergunta foi muito objetiva e direta: Médicos faltam com frequencia ao trabalho???

Quero utilizar uma frase de um dos palestrantes desta sexta(15):

" Sou médico, mas não me conformo com médico não cumprindo horário" - José Luiz Riani Costa