MP acredita em fraude nas provas usadas para libertar Luiz Carlos Perin

Ele é acusado de mandar matar vereador e intimidar testemunhas do caso

Analândia

O Ministério Público diz que a Justiça de Itirapina se baseou em provas que podem ter sido fraudadas e vai pedir uma nova prisão de Luiz Carlos Perin, o Chiba, acusado de mandar matar o vereador de Analândia Evaldo José Nalin. Após conseguir um alvará de soltura, ele foi libertado na noite de terça-feira (5), em Itirapina, e responderá ao processo em liberdade.

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Perin, que é irmão do chefe de gabinete da Prefeitura de Analândia, Beto Perin, passou quase cinco meses na penitenciária. Ele teria ameaçado testemunhas, tentando dificultar as investigações sobre o assassinato do vereador morto a tiros, dentro de casa em outubro do ano passado, por dois homens em uma moto. Nalim denunciou várias irregularidades na prefeitura. “Todo mundo tem família e todo mundo tem medo de ameaça, perseguição e até de morrer assassinado”, disse o secretário da Ong Amasa Vanderlei Vivaldini Júnior.

O juiz ordenou soltura de Perin por causa de uma gravação apresentada pela defesa. Nela, Sebastião Donizete Ferreira, uma das testemunhas de acusação, diz que cometeu crime de falso testemunho e que teria havido uma armação contra o acusado.

O Ministério Público já entrou com um recurso. O promotor Luiz Alberto Bevilacqua pediu ao Tribunal de Justiça que revogue a decisão de soltura e determine novamente a prisão. Ele alega que a gravação pode ter sido produzida pela defesa e que há outras evidências contra Perin. “O MP não concorda com a soltura e não pedimos a prisão somente com base em um depoimento que está sendo contraditado e questionado pela defesa. O MP discorda da forma que esta prova foi produzida pela defesa. Ela foi produzida às ocultas, sem conhecimento dos interlocutores, sem perícia, colocando na rua um indivíduo que nós entendemos ser extremamente perigoso”, disse.

O advogado que coordena a defesa de Perin, Guilherme San Ruan, disse que jamais forjou essa prova e jamais forjaria qualquer prova nesse caso. Ele acredita que foi feita Justiça nesse momento.

Fonte: EPTV