Falta de energia elétrica e no mínimo, falta de respeito com os consumidores

O dia 11 de setembro para a grande parte da população do mundo virá a mente o terrorismo ocorrido nas torres gêmeas nos EUA. Para mim o 11 de setembro ficará marcado por  duas lembranças. O desta madrugada pelo apagão prolongado, onde no escuro tropecei em uma banqueta e me espatifei no chão.

Lamentavelmente ficamos sem o serviço essencial de fornecimento de energia elétrica durante toda a madrugada deste sábado, voltando somente por volta das 7:30. Na realidade ficamos sem energia por mais de 8 horas. A quanto tempo o Blog do Ronco vêm cobrando respeito por parte da empresa que serve os consumidores da região. Falo em respeito para não falar em obrigação. Levantei-me durante a noite e após o sensacional tombo, comecei a pensar o quanto é complicado a falta de energia elétrica durante longo período. Vamos lá, imaginem amigos:

Uma maternidade que não possue gerador e que necessite de energia elétrica para que as incubadoras possam funcionar, como fica?  Que eu saiba Dourado e Ribeirão Bonito não possuem. Uma outra situação, como ficam as vacinas depositadas nas geladeiras dos hospitais? Quem garante a eficiência delas após um longo período sem energia? Nos próprios hospitais, quantos aparelhos dependem fundamentalmente da energia elétrica e que são serviços de urgência? Vamos em frente, nos supermercados e açougues, quem garante que carnes estejam em boas condições de consumo após longo período sem energia? Veja, não estamos falando em prejuízos que com certeza são enormes.

Para o serviço de segurança, tanto para a Polícia Civil quanto para a Polícia Militar, será que a falta de energia não traz problemas sérios? Para um provedor de internet que sabemos que possuem baterias para um determinado tempo e a partir de então ficam fora do ar, a falta de energia por tempo prolongado não traz consequencias graves? Para os que tem telefonia dependente da energia elétrica, como ficam? Imaginem uma granja de aves que dependem da energia elétrica para que os comedouros automáticos liguem a cada período para alimentação dessas aves.

 Esses comedouros são programados por termostatos. Muito tempo sem o funcionamento acasionam muitas vezes, o amontoamento das aves em busca da ração. Se isso acontecer, fatamente milhares de aves morrem. Ainda no âmbito rural, imaginem a quantidade de leite que não pode ser resfriada em geladeiras nos sítios e fazendas por conta do apagão. Claro que esse leite deve trer sido descartado. Vários outros exemplos de situações complicadas pela falta de energia elétrica poderíamos citar.

A Amarribo no ano passado enviou à ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica um ofício relatando o que vem acontecendo em nossa região com a servidora de energia elétrica.

Técnicos da CPFL estiveram em Ribeirão Bonito trazendo a novidade de que a empresa estaria investindo 7 milhões em nova subestação. Muito bem, sabemos que as obras estão em andamento na Rodovia SP-215 km 188. Sabemos também que há um prazo para a entrega dessa obra, se não me falha a memória é para final de 2011. Eu pergunto: até lá continuaremos com esses apagões e os piscas constantes? A quem reclamar quando o prejuízo é certo?

Lembro-me bem que em Dourado e Ribeirão Bonito no passado tínhamos o escritório da empresa e que podíamos contar com gente preparada para nos responder a qualquer que fosse os questionamentos. E agora, ficamos no 0800??? Quando havia a necessidade de algum serviço na rede, o escritório nos avisava que em determinado período ficaríamos sem a energia elétrica para os devidos reparos. Pergunto: alguém recebeu o aviso nesta madrugada?

Dizem que estão ocorrendo muitos roubos de cabeamento, mas pergunto: isso não era previsível? Cadê o plano B da companhia???

Amigos, sinto em dizer, mas estamos literalmente no ESCURO!!!!

Visitem o Blog do Apagão do amigo Badi:
 http://ribeiraodoapagao.wordpress.com/