terça-feira, 6 de julho de 2010

João Blota contará em Ribeirão Bonito, o inferno que foi ter convivido por 12 anos com as drogas

Agora sim confirmado! Palestra do João Blota, autor do livro Nóia - O Poder Tentador de Nossas Fraquezas.

Evento: dia 16 de julho próximo, sexta-feira às 19:30h, na sede da Amarribo em Ribeirão Bonito. Entrada franca.


O Livro: NÓIA

João Blota conta sua trajetória de 12 anos de envolvimento com as drogas. Em sua narrativa, João fala que tudo o que indicavam e que poderia produzir "barato", experimentou. Chegou no auge do vício, a fumar 40 pedras de crack em um só dia. Hoje, João é empresário, pai de família que sobreviveu ao mundo das drogas dando a volta por cima.


Por conta do inferno que viveu, quer ajudar a quem necessita. Palestras estão sendo ministradas pelo João com o intuito de alertar os jovens e até mesmo aos pais, do perigo que está bem próximo, a droga.

O exemplo de coragem do João, aliado a força e perseverança de sua mãe guerreira Dag, será contado pelo próprio João.

Promoção: Blog do Ronco/ Blog do Correio D'Oeste/Blog do Marcel Rofeal

Trecho do Livro

Logo na abertura , o choque da verdade:

“…como em tantas outras noites, frias ou quentes, eu estava na bocada, pegando meu suprimento de crack. O barraco ficava na esquina entre dois becos e havia grande movimentação de viciados, aviões e traficantes .”
A narrativa prossegue descrevendo a “sensação de pânico , terror causada pelo uso do crack”

Um longo caminho com a morte sempre muito perto. Na descrição, palavras fortes que revoltam e amarguram quando revelam a realidade de quem é dependente do crack. “O medo e a mania de perseguição faziam com que visse ameaça em toda parte. Ficava horas trancado no quarto , ouvido colado na parede , tentando escutar alguma voz suspeita. Mãos geladas, suando frio, corpo tremendo, um medo devastador que produzia a sombra de uma fera gigantesca , pronta para me devorar.”

Na busca alucinada por crack, chegou a “desmontar seu Passat inteirinho : abri o painel, tirei os bancos, arranquei o forro das portas. E, claro, não havia nada. (…) Cismei que havia uma pedra dentro do dedo e queira arrancá-la de qualquer jeito. Mordia, coçava, até finalmente, pegar uma faca para cortar.Não foi nada fácil a tarefa de me convencer a desistir de arrancar o polegar.”

Durante a internação, a força da mãe: “Passou dois dias sentada junto à cama em que eu estava amarrado para evitar a aproximação indesejada de possíveis agressores. (…)Minha mãe precisou vender uma casinha de praia que possuía em Santos para pagar o valor absurdo das diárias da clínica.”
E nas palavras do autor, uma esperança : “Esta é a saída para quem está perdido: olhar para o lugar de onde veio e receber o carinho e apoio das pessoas que o amam.”
(Trecho do livro extrído do site da Jovem Pan)

Um comentário:

Anônimo disse...

pena que quem está neste caminho, tenho quase certeza que não comparecerá á palestra. poderia ser feita também nas escolas, de surpresa, no horário de aula, que não tem como escapar.
eu com certeza comparecerei à palestra, embora nunca tenha feito uso de nenhum tipo de droga. acho que vai ser super interessante. parabéns pelo trabalho.