terça-feira, 4 de novembro de 2014

Sem inquilinos, casa onde Hitler nasceu já deu prejuízo de R$ 510 mil à Áustria

Se não fosse por um detalhe, a casa com 500 anos de idade que está localizada na cidade de Braunau, na Áustria, seria uma residência como outra qualquer. Conservado, o edifício de três andares no estilo renascentista está situado em frente a uma das principais praças da cidade austríaca e chama atenção por sua beleza arquitetônica. Porém, o prédio está desocupado há mais de três anos e não há interessados em alugá-lo. O motivo? É que uma criança chamada Adolf Hitler nasceu no local. O futuro ditador nazista morou na casa por pouco tempo, entre seu nascimento e os três anos de idade, porém a residência ficou marcada para sempre. 

Desde 1972, o governo austríaco aluga a casa da atual proprietária, uma aldeã que herdou o imóvel de seus pais. Mensalmente são investidos R$ 14,2 mil (€ 4,6 mil) na locação do prédio, porém desde 2011 nenhuma repartição pública quis se instalar na construção. O Ministério do Interior que é o órgão responsável pelo local já tentou várias opções a fim de conseguir se livrar do problema, mas todas foram negadas. Entre as várias sugestões destacaram-se a ideia do prédio sediar uma Casa de Imigração ou um Centro Educacional, porém os funcionários se negaram a mudar para a residência. 
 Mensalmente são investidos R$ 14,2 mil (€ 4,6 mil) na locação do prédio, porém desde 2011 nenhuma repartição pública quis se instalar na construção - Foto: János Korom

O governo da Áustria não pretende se desfazer do imóvel, pois há uma preocupação que o local se transforme num centro de peregrinação neonazista. Inclusive, o Serviço Secreto do país já alertou sobre a hipótese de grupos de extrema direita utilizarem "empresas fantasmas" para alugarem a residência, caso o Ministério do Interior não renove o aluguel com a atual proprietária. 

Antes do imóvel gerar uma enorme dor de cabeça ao governo austríaco, ele já abrigou um banco, uma biblioteca e por último, uma ONG que acolhia pessoas em situação de vulnerabilidade social. Inicialmente, a ideia era transformar o prédio de 900 m² num Museu sobre os crimes cometidos pelo regime nazista, mas a sugestão parou no temor de criar indiretamente um ponto de peregrinação no local. 

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