Dourado/SP
Karina Caciola, hoje
com 22 anos, ingressou na faculdade de medicina em 2015. Fizemos uma entrevista
com a jovem, logo após ter conseguido um feito sonhado por muitos, entrar em
várias faculdades e poder escolher uma delas.
Karina Caciola
Com uma rotina de estudo intensa,
deixando de lado muito que todos os jovens gostam de fazer nessa idade, Karina
se organizou, preparando-se diariamente para as provas. O resultado foi o
ingresso na USP (Universidade de São Paulo), Unesp(Universidade Estadual
Paulista), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Unifesp (Universidade
Federal de São Paulo) e UFMG(Universidade Federal de Minas Gerais), sendo que
nessas duas últimas em primeiro lugar. As demais em primeira lista. Karina
optou por cursar a Faculdade de Medicina da USP.
Alunos do curso de medicina da USP
Assim que as aulas recomeçarem, Karina estará
em seu quarto ano de medicina. De acordo com a jovem, os três últimos anos de
faculdade foram dentro de suas expectativas. “É difícil, tem que estudar
bastante. É um pouco diferente de quando
está se preparando para ingressar na faculdade onde estudava todos os dias e de
forma regrada, caso deixasse de estudar um único dia era prejuízo na certa, mas
era o que eu esperava”, disse.
Karina chegava no cursinho às 7h00 e saia às
22h00. Aos sábados estudava nos períodos da manhã e tarde e a noite reservava
para diversão. Aos domingos, quando não havia simulado, fazia uma redação e
descansava para a maratona do dia seguinte.
Além de cursar medicina, Karina leciona física
para um grupo de 65 alunos em um cursinho da própria faculdade, o MedEnsina, que é um
curso comunitário (gratuito) organizado por alunos da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (FM-USP).
Karina também leciona física por duas horas no
cursinho Poliedro, sempre aos sábados. Aulas particulares também fazem parte da
rotina da futura médica, lecionando física, matemática, química e biologia, num
total de 28 aulas por semana para um grupo de 12 alunos. Karina fala com
orgulho que três de suas alunas particulares ingressaram em medicina neste ano
de 2018, fora outras quatro que já haviam ingressado em medicina em anos anteriores
sob sua orientação.
Para o ano que se inicia os alunos terão mais
aulas práticas, é o chamado pré-internato, que são aulas no Hospital das
Clínicas com pacientes reais. A fase de anatomia em que os universitários
estudavam cadáveres conservados em glicerina já passou. Autópsia também fez
parte do último ano do curso, onde corpos de pessoas recém falecidas eram
analisados.
Perguntado à Karina se em algum momento do
curso teve dúvidas se era realmente o que queria, a resposta foi rápida e
objetiva: “Não, nunca tive dúvidas! É o que quero e o que gosto”!
Para o quarto ano, serão 6 meses em clínicas,
divididos em várias áreas, como cardiologia, oncologia, ginecologia e outras, e
no segundo semestre estará reservado para as cirurgias, em áreas diferentes.
Karina ainda não escolheu a área da medicina
que mais gosta: “Eu gosto bastante de muita coisa, ainda não decidi, tem tempo
para isso”, disse.
Como ninguém é de ferro, Karina estáq em férias,
e claro, escolheu Dourado cidade onde nasceram seus avós e sua mãe. Perguntamos
se nesse período rira estudar, Karina disse que até o momento da entrevista não
havia tido contato com os livros. Como o período era de chuvas intensas,
aguardava o momento para um passeio a cavalo, na Fazenda Bela Vista.
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