terça-feira, 25 de julho de 2017

Primeiro dirigível da América Latina será vendido por 20 milhões de dólares

 ADB 3-X01 é o primeiro dirigível tripulado produzido na América Latina (Foto: Ana Marin/G1) 

Foi lançado na manhã desta segunda-feira (24), em São Carlos (SP), o ADB 3-X01, primeiro dirigível tripulado produzido na América Latina. Veja no vídeo acima um trecho do voo.
O modelo da Airship do Brasil tem capacidade de carga de 1,2 tonelada e espaço para cinco passageiros. Com 49 metros de comprimento e 17 metros de altura, ele pode atingir até 85 km/h e tem autonomia de cinco horas.

 Investimento
De acordo com o presidente da empresa, Paulo Vicente Caleffi, foram investidos R$ 150 milhões na concepção e fabricação do modelo, que pode ser usado para monitoramentos, prevenção de queimadas, controle de fronteiras, busca e salvamento, inspeção de linhas de transmissão de energia elétrica, voos panorâmicos e propaganda.
A unidade que decolou hoje começou a ser produzida em outubro de 2015 e, para a fabricação de uma nova aeronave, são estimados cerca de 12 meses.
"Hoje, dirigíveis são comercializados por 40 milhões de dólares. Nós esperamos entregar um produto melhor do que o que já é fabricado por um preço estimado de 20 milhões de dólares", disse.

Interessados

Caleffi afirmou que, em 2 anos, a empresa deve lançar um novo modelo, com capacidade para transportar até 30 toneladas, e adiantou que há interessados no ADB 3-X01.
"Enquanto país há o Canadá e, enquanto estado, o Alasca", pontuou, listando ainda o Exército, os Correios e a Eletronorte, além de cinco empresas privadas que não tiveram os nomes divulgados.

Empregos

Para suprir a demanda, Caleffi entende que será necessário ampliar o número de funcionários, mas a empresa ainda não definiu onde os pedidos serão fabricados.
"Nós ainda não decidimos onde será a fabrica. São Carlos ficará com os projetos e protótipos, mas a fábrica ainda é uma decisão dos empresários. Uma fábrica desse porte emprega seguramente 500 pessoas. Atualmente, empregamos 53", disse.

"Temos um terreno na cidade, mas não podemos usar. Teremos uma reunião na semana que vem com a Embrapa e uma das possibilidades é usar o terreno deles", afirmou.
O presidente da empresa também reforçou que os modelos precisarão de operadores, gerando vagas nos locais em que forem utilizados.
"Uma equipe de dirigível pequena é formada por oito pessoas, então, toda vez que um dirigível pequeno for voar, ele vai precisar desse número de pessoas. Fora que vai ter um caminhãozinho de apoio, uma caminhonete, além do piloto e copiloto, então, em qualquer lugar que tiver um dirigível, terá mão de obra".

"Temos um terreno na cidade, mas não podemos usar. Teremos uma reunião na semana que vem com a Embrapa e uma das possibilidades é usar o terreno deles", afirmou.

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