sábado, 1 de julho de 2017

Opinião: Dias difíceis virão para o prefeito de Ribeirão Bonito Chiquinho Campaner(PSDB)

Sergio Ronco
Com a atual situação do município de Ribeirão Bonito, e a proximidade de votação por parte da Câmara de abertura de uma CP – Comissão Processante, que analisará possíveis irregularidades na contratação de pessoal para coleta de lixo na cidade, está deixando  o prefeito de Ribeirão Bonito  Francisco José Campaner(PSDB) literalmente, fora da zona de conforto.
 Prefeito de Ribeirão Bonito Chiquinho Campaner(PSDB)

Chiquinho foi eleito com os votos da grande maioria dos eleitores da cidade, os quais depositaram no gestor público uma confiança tamanha, que tal era a certeza de que Ribeirão Bonito  voltaria ao topo das cidades com melhor administrador.

Os abraços e tapinhas nas costas durante campanha, deram lugar a críticas e cobranças, mesmo estando a frente do Executivo por apenas 6 meses.

Os inúmeros erros desde o início do seu mandato e até mesmo admitido pelo próprio prefeito, deixaram uma parcela da população incrédula quanto a verdadeira capacidade administrativa daquele que no passado foi  um combativo vereador.

A luz vermelha acendeu na última quinta(29), quando três dos quatro vereadores do DEM que eram da base aliada de sustentação ao governo, retiraram publicamente o apoio que vinham, até então, fortalecendo o chefe do Executivo no Legislativo. Deixaram o apoio os vereadores: Dimas Lima, Leandro Mascaro e Valdinei Oliveira(foto ao lado)

Chiquinho irá passar por um período turbulento em face da possível abertura de uma Comissão Processante, que analisará possíveis irregularidades na contratação de pessoal para a coleta de lixo.

Na próxima semana a comissão formada pelos vereadores: Valdinei Oliveira(DEM), Armando Simões(PTN) e Manoelito da Silva Gomes (PTB) irá ouvir as testemunhas e o próprio prefeito. A primeira convocada é Dagmar Blota, que fez parte integrante do grupo que elegeu Chiquinho Campaner. Dagmar deixou de apoiar  a atual administração logo no início do governo, pois não concordou com as atitudes tomadas pelo prefeito e segundo ela, não era o plano de governo pré determinado e exaustivamente discutido em campanha.  Dagmar nunca teve cargo no Executivo, seu apoio sempre foi voluntário. Nessa oitiva marcada, Dagmar  poderá desvendar detalhes que até agora não vieram a público, uma vez que todos sabem que os primeiros dias de governo foram acompanhados em detalhes pela Dagmar, sem contar  o acompanhamento passo a passo durante período de campanha.

Valdinei Oliveira que é do DEM acaba de assinar um ofício deixando o apoio da base governamental, o que poderá ser um indício de mudança de posição, uma vez que até então se mostrava apoiador do Executivo. O vereador Manoelito(PTB) disse recentemente em plenário que passaria para a oposição. Armando Simões(PTN) é o vereador relator e tem posições claras, caso haja indícios de irregularidades cometidas pelo prefeito. 

Para a aprovação de abertura de uma CP são necessários 5 votos dos 9 vereadores que integram a Câmara Municipal.  Conversas dão conta de que caso fosse hoje a votação, seis vereadores votariam a favor da abertura, portanto um a mais que o necessário para essa abertura. Se olharmos para frente numa possível situação de votação para cassação de mandato,  exatamente seis seriam os votos necessários, ou seja, dois terço dos integrantes do Legislativo. A atitude da maioria dos parlamentares do DEM, quase que sua totalidade, marca uma posição totalmente incômoda para Chiquinho Campaner, que tem fama de reverter situações desastrosas. Ao Blog do Ronco há algum tempo, o chefe do Executivo se mostrava confiante no arquivamento da denúncia.

Na realidade, políticos em geral são sensíveis a pressão e a opinião pública, mesmo muitos não admitindo essa situação. A pressão nitidamente existe. Quanto à opinião pública, as redes sociais nos dão uma mostra de que o apoio ao prefeito já não é mais o mesmo.

Uma vez aberta uma CP, o desgaste será enorme ao prefeito Campaner, pois o simples fato de ser investigado já o torna vulnerável. Caberá ao prefeito, caso o Legislativo abra as portas para uma investigação, provar sua inocência perante os vereadores, pois nesse caso é um processo político. Escapando desse processo, outros três estão na fila.

Vale lembrar que além do processo político, o prefeito terá que se defender na esfera judicial, pois o Ministério Público tem Inquérito Civil tramitando contra algumas ações do prefeito.
Fotos: Ronco

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