Sergio Ronco
Com a atual situação do município de Ribeirão Bonito, e a proximidade de votação por parte da Câmara de abertura de uma CP – Comissão Processante, que analisará possíveis irregularidades na contratação de pessoal para coleta de lixo na cidade, está deixando o prefeito de Ribeirão Bonito Francisco José Campaner(PSDB) literalmente, fora da zona de conforto.
Com a atual situação do município de Ribeirão Bonito, e a proximidade de votação por parte da Câmara de abertura de uma CP – Comissão Processante, que analisará possíveis irregularidades na contratação de pessoal para coleta de lixo na cidade, está deixando o prefeito de Ribeirão Bonito Francisco José Campaner(PSDB) literalmente, fora da zona de conforto.
Prefeito de Ribeirão Bonito Chiquinho Campaner(PSDB)
Chiquinho
foi eleito com os votos da grande maioria dos eleitores da cidade, os quais depositaram no
gestor público uma confiança tamanha, que tal era a certeza de que Ribeirão
Bonito voltaria ao topo das cidades com
melhor administrador.
Os
abraços e tapinhas nas costas durante campanha, deram lugar a críticas e
cobranças, mesmo estando a frente do Executivo por apenas 6 meses.
Os
inúmeros erros desde o início do seu mandato e até mesmo admitido pelo próprio
prefeito, deixaram uma parcela da população incrédula quanto a verdadeira
capacidade administrativa daquele que no passado foi um combativo vereador.
A
luz vermelha acendeu na última quinta(29), quando três dos quatro vereadores do
DEM que eram da base aliada de sustentação ao governo, retiraram publicamente o
apoio que vinham, até então, fortalecendo o chefe do Executivo no Legislativo. Deixaram o apoio os vereadores: Dimas Lima, Leandro Mascaro e Valdinei Oliveira(foto ao lado)
Chiquinho
irá passar por um período turbulento em face da possível abertura de uma Comissão Processante, que analisará possíveis irregularidades na contratação de
pessoal para a coleta de lixo.
Na
próxima semana a comissão formada pelos vereadores: Valdinei Oliveira(DEM), Armando Simões(PTN) e Manoelito da Silva Gomes (PTB) irá ouvir as testemunhas e o próprio prefeito. A
primeira convocada é Dagmar Blota, que fez parte integrante do grupo que elegeu
Chiquinho Campaner. Dagmar deixou de apoiar
a atual administração logo no início do governo, pois não concordou com
as atitudes tomadas pelo prefeito e segundo ela, não era o plano de governo pré
determinado e exaustivamente discutido em campanha. Dagmar nunca teve cargo no Executivo, seu
apoio sempre foi voluntário. Nessa oitiva marcada, Dagmar poderá desvendar detalhes que até agora não
vieram a público, uma vez que todos sabem que os primeiros dias de governo foram
acompanhados em detalhes pela Dagmar, sem contar o acompanhamento passo a passo durante
período de campanha.
Valdinei Oliveira que é do DEM acaba de assinar um ofício deixando o
apoio da base governamental, o que poderá ser um indício de mudança de posição,
uma vez que até então se mostrava apoiador do Executivo. O vereador Manoelito(PTB) disse recentemente em plenário que passaria para a oposição. Armando Simões(PTN) é o vereador relator e tem posições claras, caso haja indícios de irregularidades cometidas pelo prefeito.
Para
a aprovação de abertura de uma CP são necessários 5 votos dos 9 vereadores que
integram a Câmara Municipal. Conversas
dão conta de que caso fosse hoje a votação, seis vereadores votariam a favor da
abertura, portanto um a mais que o necessário para essa abertura. Se olharmos para frente numa
possível situação de votação para cassação de mandato, exatamente seis seriam os votos
necessários, ou seja, dois terço dos integrantes do Legislativo. A atitude da
maioria dos parlamentares do DEM, quase que sua totalidade, marca uma posição
totalmente incômoda para Chiquinho Campaner, que tem fama de reverter situações
desastrosas. Ao Blog do Ronco há algum tempo, o chefe do Executivo se mostrava
confiante no arquivamento da denúncia.
Na
realidade, políticos em geral são sensíveis a pressão e a opinião pública,
mesmo muitos não admitindo essa situação. A pressão nitidamente existe. Quanto à opinião pública, as redes sociais nos dão uma mostra de que o apoio ao
prefeito já não é mais o mesmo.
Uma
vez aberta uma CP, o desgaste será enorme ao prefeito Campaner, pois o simples
fato de ser investigado já o torna vulnerável. Caberá ao prefeito, caso o
Legislativo abra as portas para uma investigação, provar sua inocência perante
os vereadores, pois nesse caso é um processo político. Escapando desse
processo, outros três estão na fila.
Vale
lembrar que além do processo político, o prefeito terá que se defender na
esfera judicial, pois o Ministério Público tem Inquérito Civil tramitando
contra algumas ações do prefeito.
Fotos: Ronco
Fotos: Ronco
Nenhum comentário:
Postar um comentário