quinta-feira, 16 de março de 2017

Falta de remédios e médicos geram críticas em Ribeirão Bonito, SP

Moradores de distrito afirmam que também não há mais ambulância. Prefeitura diz que medicamentos de uso contínuo serão entregues em casa.
Reprodução: EPTV

Moradores do distrito de Guarapiranga, em Ribeirão Bonito (SP), denunciam problemas no único posto de saúde da região. A farmácia não tem remédios, não há ambulância e os médicos só atendem durante a manhã.
Os moradores contaram que, até o começo do ano, retiravam medicamentos no local, porém agora os remédios só estão disponíveis no Centro de Especialidades de Ribeirão Bonito.

A dona de casa Elisabete do Carmo faz tratamento contra depressão e precisa comprar o medicamento que toma todos os dias. “Eu gasto cerca de R$ 80 por caixa, e uso duas por mês. Esse dinheiro ia me ajudar muito nas contas de casa”.

Maria Lourdes Oliveira Abreu sofre de problemas no coração e também reclama. Ela deveria ser atendida com frequência, mas não há médicos.
“Era para eu passar no cardiologista a cada três meses, mas faz mais de um ano que eu não passo porque não tem mais cardiologista”, afirmou.
A dona de casa Maria Lúcia Jorge Chinchinelli contou ainda que falta material para curativos. “Falta material para curativo, faltam todos os tipos de medicamentos. O médico foi cortado na parte da tarde, a gente não tem médico na parte da tarde, dentista”.

Problemas
Uma das enfermeiras confirmou que a farmácia do posto está sem remédios, mas não soube explicar o motivo. Ela também confirmou a falta de ambulância. “Começou primeiro a fazer outras viagens e acabou não vindo mais. E o médico, tanto o médico quanto o dentista, eles atendem só na parte da manhã”.

Segundo ela, os médicos foram demitidos pelo Programa Saúde da Família (PSF). “Eles foram demitidos do Conselho de Saúde, do PSF, e eles trabalham 4h pela prefeitura”.
No Centro de Especialidades, uma das funcionárias disse que os moradores de Guarapiranga estão indo até o local para buscar os remédios.
“Tem as especialidades, então, sempre tem gente do Guarapiranga, não é só pela farmácia”.
Prefeitura
O secretário de Obras e Planejamento, Eduardo Martins, disse que fechar a farmácia foi uma decisão da administração passada, que unificou a distribuição dos remédios no Centro de Especialidades. A prefeitura informou que pretende cadastrar os pacientes para que recebam em casa os medicamentos de uso contínuo e disse que foi aberto um processo de licitação para a compra de remédios e materiais em falta.

Nenhum comentário: