segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

A ordem é: Economizar!

A palavra de ordem para os atuais prefeitos eleitos no último pleito de outubro é economizar. Na comarca de Ribeirão Bonito, apenas um prefeito eleito, Juninho Rogante em Dourado está em seu segundo mandato. Talvez para Rogante seja mais fácil dar continuidade ao seu primeiro mandato, uma vez que sabe exatamente o que fez nos últimos 4 anos e o que terá que fazer nos próximos 4 anos. Pode-se dizer que Rogante pegou a prefeitura das mãos do antigo prefeito Edmur Buzza em condições privilegiadas, pois segundo consta, havia um certo valor em caixa que o ajudou nos seus primeiros meses de mandato.

Muitas promessas foram cumpridas por Juninho Rogante e talvez a mais importante, foi a reabertura do hospital. A área da saúde é e continuará sendo um desafio para qualquer administrador e não será diferente para o próprio Juninho Rogante neste segundo mandato, para continuar com o hospital aberto.

Aqui cabe um parentese. Quando a Amarribo se dispôs a ajudar na recuperação do Hospital em Ribeirão Bonito que estava literalmente quebrado com a possibilidade de fechar as portas, houve o socorro do governo federal, do governo estadual, da população local e de empresários em geral. 

As obras de reformas estavam avançadas quando o então Secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Luiz Roberto Barradas, esteve visitando a entidade se reunindo com membros da Amarribo e da Santa Casa local. 

Barradas foi categórico em sugerir que fosse abortado o projeto inicial onde estava prevista obras ainda mais complexas e maiores na Santa Casa. De acordo com Barradas, cidades do porte de Ribeirão Bonito não comportavam um hospital que pudesse atender a população com todos os serviços médicos-hospitalares e nele incluía-se as cirurgias complexas. À época explicou o porque. Lembro-me bem que um dos quesitos necessários seria a construção de uma UTI e para tanto, contratações de mais médicos e enfermeiras  especializados nesse setor. 

E não somente isso, outros detalhes mais que complicariam a finalização do projeto inicial. Na realidade, Barradas deixou claro que hospital em cidade pequena é um fator preocupante para os gestores dessas entidades, pois as despesas são enormes.

Em Ribeirão Bonito, não fosse a prefeitura ajudar mensalmente a Santa Casa, as portas estariam fechadas há muito tempo. E isso ocorre quase que em todas as cidades com as Santas Casas em funcionamento. A demanda é forte, os gasto são muitos e os recusos escassos.

O ideal, segundo Barradas, seria ter uma estrutura eficiente de pronto atendimento, com bons médicos, enfermeiras, atendentes, ambulâncias UTI e a partir daí, quando o caso exigisse, realizar o encaminhamento para centros maiores com toda a estrutura para essas necessidades. Bem, o parênteses está fechado.
Padre Morales no momento da benção às novas instalações da Santa Casa

 Em Ribeirão Bonito a Santa Casa está em pleno funcionamento, com um prédio considerado moderno, bem equipado e com atendimento bem avaliado. Mesmo sendo dessa forma, as cirurgias de alta complexidade continuam sendo encaminhadas para outros hospitais, mesmo porque não existe UTI no local. O corpo médico e  de enfermeiras é sempre muito elogiado. Assim mesmo, as dificuldades são enormes, pois gasta-se com a saúde no município 35% do orçamento, ou seja, 1/3 do que se arrecada anualmente.

Em Trabiju, o atual prefeito Juca Tavoni em conversa com este jornalista semana passada, nos disse que a situação está muito complicada naquele município e que tão logo tenha todos os dados em mãos, nos convocará para uma entrevista.

Em Boa Esperança do Sul, talvez tenha a situação mais agravante, pois o município remonta dividas de governos passados.

De modo geral, avalia-se que o Chefe do Executivo que não pisar no freio em gastanças terá ainda maiores complicações. Não há milagres a fazer. Voltando ao caso de Ribeirão Bonito, o prefeito Chiquinho Campaner está adotando medidas impopulares necessárias com aumentos em tarifas de serviços  e cortando gastos  em sua administração, visando a enfrentar o que vem por aí. 

Os recursos federais e estaduais minguaram. Ainda de acordo com Campaner, pretende economizar 35% dos atuais gastos em todas as áreas. Na saúde já começou com um novo cronograma de cargos, adequações e té mesmo diminuição em salários em comum acordo com os profissionais da área.

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