O suíço Joseph Blatter renunciou à presidência da Fifa nesta terça-feira, quatro dias depois de ser eleito para seu quinto mandato.
O escândalo de corrupção envolvendo uma série de dirigentes e
empresários ligados à entidade foi o que motivou a decisão do dirigente
de 79 anos. ''Embora os membros da Fifa tenham me reelegido presidente,
não pareço estar sendo apoiado pelo mundo do futebol, jogadores, clubes,
que inspiram a vida no futebol. É por isso que eu vou convocar um
congresso extraordinário e colocar minha função à disposição'', anunciou
Blatter, na sede da entidade, em Zurique, na Suíça.
Blatter afirmou que se manterá no cargo até que um novo presidente
seja eleito, em pleito que acontecerá entre dezembro deste ano e março
de 2016 e será coordenado pelo suíço Domenico Scala, chefe do Comitê de
Auditoria da Fifa. ''Agora estarei numa posição de focar em implementar
ambiciosos protocolos de transparência e reformas para seguir o meu
mandato". No cargo desde 1998, Blatter adiantou que pretende reduzir o
tempo de mandato dos dirigentes da Fifa. "Precisamos de limites para o
mandato não apenas para o presidente, mas para todos os membros do
Comitê Executivo."
Blatter não teve seu nome citado nas investigações do governo dos
Estados Unidos que prenderam sete dirigentes ligados à Fifa, incluindo o
ex-presidente da CBF, José Maria Marin, na semana passada. Na última
sexta, ele superou o príncipe da Jordânia, Ali Bin Al-Hussein, seu único
opositor na eleição. Blatter recebeu 133 votos, contra 73 de
Bin-Hussein, que, em seguida, desistiu de um segundo turno.
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