quarta-feira, 6 de maio de 2015

Fazenda Bela Vista de Dourado o paraíso ecológico

Sergio Ronco
Na manhã desta quarta(6), bem cedinho resolvi esperar pelos Macacos Prego na Fazenda Bela Vista em Dourado, que segundo o Pedro Luiz Dias Aguiar, o Pedroca, o bando é formado por 42 integrantes da espécie. Pensei que chegaria antes do bando, engano meu, ao chegar próximo das 7h00, já avistei alguns deles rodeando o refeitório.

Saquei a minha Nikon D80 e com muita calma e até me escondendo, fui procurar um bom ângulo para as imagens. Percebi que os macaquinhos não estavam nem um pouco preocupado com a minha presença, pois começaram a me rodear como quem quisesse algo.

O refeitório do Hotel ainda estava com a porta trancada, porém já se via os movimentos dos funcionários preparando o café da manhã. Os componentes do bando foram chegando em maior número, e todos rodeando a porta central do restaurante. Era macaco por todo lado, no chão, no telhado, nas árvores, nos bancos...


Tive a nítida impressão que aguardavam alguém ou algum presente. Não demorou e eis que a porta se abre. Logo descobri o porque da reunião da espécie. A funcionária Maria José Martins, a  Zeti, carregava uma bacia com frutas: banana, mamão, maçã e também bolos e pães. Zeti nem mesmo teve tempo de colocar as guloseimas no chão e o bando literalmente atacou. Não se contentavam em pegar uma unidade por vez, com as duas mãos e com a boca, a carga ia se formando.

Zeti alimentando os macaquinhos. Sem nenhuma cerimônia, o bando se esparramou pelo belo jardim e confortavelmente realizaram a refeição matinal. Diga-se de passagem essa cena se repete todos os dias. O bando de quatis comparece de vez em quando, já os macacos marcam ponto todo santo dia.
 O bando chega para a refeição matutina
 Carga pesada
 O equilibrista

Notei que mesmo com a refeição já servida, o bando ainda rodeava a porta principal do restaurante. Pedroca chega para o seu café e me convida para entrar. Do lado de dentro percebo que o refeitório servia de vitrine para alguns deles que nos olhavam atentamente pelo vidro da janela.
Alguns mais atrevidos não se contentam em ficar do lado de fora do refeitório e ficam na espreita de um possível descuido. Sem nenhuma cerimônia abrem a porta e como quem diz, "Ei, estou por aqui", espera um novo presente.  Pedroca conhecendo bem o costume dos animais, vai até a porta e os serve em mãos. 
 
 Dá licença! Pode me servir???
Pedroca atende ao pedido do "Chico"

Nem todos são educados como Chico. "Sempre tem os mais atrevidos", diz Pedroca. Até então não havia percebido o fundamento das palavras do Pedroca, porém não demorou muito a entender. Antonieta não se fez de rogada e sem nenhum constrangimento com a nossa presença, avançou o sinal, entrou literalmente na sala de refeições, subiu a mesa e pegou dois pedaços de bolo. A primeira "bocada" foi mesmo em cima da mesa. Gostando do sabor, bateu em retirada.
Antonieta, a atrevida
Lá se vai a sobremesa do Pedroca...
Antonieta experimenta o bolo...gostou e bate em retirada

Os hóspedes ficam apaixonados com a presença dos macaquinhos, porém nem tudo é festa, pois de vez em quando resolvem tirar do lugar as telhas dos barracões.

"Faz parte da folia, diz Pedroca que já se acostumou com a rotina e acaba sentindo falta quando, por algum motivo, o bando não comparece, o que é muito raro.

 Fotos: Ronco


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