Sergio Ronco
Na manhã desta quarta(6), bem cedinho resolvi esperar pelos Macacos Prego na Fazenda Bela Vista em Dourado, que segundo o Pedro Luiz Dias Aguiar, o Pedroca, o bando é formado por 42 integrantes da espécie. Pensei que chegaria antes do bando, engano meu, ao chegar próximo das 7h00, já avistei alguns deles rodeando o refeitório.
Saquei
a minha Nikon D80 e com muita calma e até me escondendo, fui procurar
um bom ângulo para as imagens. Percebi que os macaquinhos não estavam
nem um pouco preocupado com a minha presença, pois começaram a me rodear
como quem quisesse algo.
O
refeitório do Hotel ainda estava com a porta trancada, porém já se via os
movimentos dos funcionários preparando o café da manhã. Os componentes
do bando foram chegando em maior número, e todos rodeando a porta
central do restaurante. Era macaco por todo lado, no chão, no telhado,
nas árvores, nos bancos...
Tive
a nítida impressão que aguardavam alguém ou algum presente. Não demorou e eis
que a porta se abre. Logo descobri o porque da reunião da espécie. A
funcionária Maria José Martins, a Zeti, carregava uma bacia com frutas: banana,
mamão, maçã e também bolos e pães. Zeti nem mesmo teve tempo de colocar as
guloseimas no chão e o bando literalmente atacou. Não se contentavam em pegar
uma unidade por vez, com as duas mãos e com a boca, a carga ia se formando.
Zeti alimentando os macaquinhos. Sem
nenhuma cerimônia, o bando se esparramou pelo belo jardim e
confortavelmente realizaram a refeição matinal. Diga-se de passagem essa
cena se repete todos os dias. O bando de quatis comparece de vez em
quando, já os macacos marcam ponto todo santo dia.
O bando chega para a refeição matutina
Carga pesada
O equilibrista
Notei que mesmo com a refeição já servida, o bando ainda rodeava a porta principal do restaurante. Pedroca chega para o seu café e me convida para entrar. Do lado de dentro percebo que o refeitório servia de vitrine para alguns deles que nos olhavam atentamente pelo vidro da janela.
Alguns
mais atrevidos não se contentam em ficar do lado de fora do refeitório e
ficam na espreita de um possível descuido. Sem nenhuma cerimônia abrem a
porta e como quem diz, "Ei, estou por aqui", espera um novo presente.
Pedroca conhecendo bem o costume dos animais, vai até a porta e os
serve em mãos.
Dá licença! Pode me servir???
Pedroca atende ao pedido do "Chico"
Nem todos são educados como Chico. "Sempre tem os mais atrevidos", diz Pedroca. Até então não havia percebido o fundamento das palavras do Pedroca, porém não demorou muito a entender. Antonieta não se fez de rogada e sem nenhum constrangimento com a nossa presença, avançou o sinal, entrou literalmente na sala de refeições, subiu a mesa e pegou dois pedaços de bolo. A primeira "bocada" foi mesmo em cima da mesa. Gostando do sabor, bateu em retirada.
Antonieta, a atrevida
Lá se vai a sobremesa do Pedroca...
Antonieta experimenta o bolo...gostou e bate em retirada
Os
hóspedes ficam apaixonados com a presença dos macaquinhos, porém nem
tudo é festa, pois de vez em quando resolvem tirar do lugar as telhas
dos barracões.
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