domingo, 22 de fevereiro de 2015

Jovem focou os estudos e passou em 5 faculdades de medicina; Duas delas em primeiro lugar.

Karina Caciola, aos 20 anos deu um tempo em todas as atividades, focou nos estudos, e como recompensa passou no vestibular em cinco faculdades de medicina.
Karina Caciola           

Cursar medicina é o sonho de muitos, porém poucos conseguem chegar até a porta de entrada de uma faculdade. O curso se mantém entre os mais concorridos em universidades públicas e privadas, sendo que nesta última, a privada, não basta ter conseguido o êxito e deixar para trás muitos concorrentes, é preciso muito dinheiro também. Mensalmente em média, um aluno deve pagar algo em torno de R$ 6 mil para realizar o sonho tão almejado. Os desafios são grandes durante o curso, mas nada se compara com a fase de preparação para ter acesso a uma cadeira na universidade.                       Foto: arquivo pessoal
O cursinho Poliedro foi muito importante para Karina

Karina Caciola, uma jovem de 20 anos, durante o ano de 2014 teve uma rotina restrita aos estudos. Entrava no cursinho preparatório às 7h00 e saia às 22h00, de segunda a sexta-feira, portanto 15 horas diárias dedicadas à profissão que tanto sonhou, a medicina. Aos finais de semana o ritmo de estudo passava a 11 horas diárias. Para chegar ao êxito de ter conseguido entrar em 5 faculdades, deixou de lado muita coisa que gostava e que naturalmente faz parte da vida de um jovem.
   Foto: arquivo pessoal
Nas aulas de piano que durante quatro anos foi assídua uma vez por semana, com duração de duas horas, teve que abandonar temporariamente para não perder o foco principal que tinha como meta passar no vestibular. “Deixei de sair com meus amigos, abandonei a academia, as aulas de piano e até mesmo as saídas com o namorado que é médico diminuíram. "O pouco tempo que restava eu dormia”, disse Karina. Em aulas de transparência com o uso de retroprojetor onde as luzes do ambiente tinham que ser apagadas era problema para Karina e outros alunos, pois o cansaço e o sono estavam sempre presentes. O café, apesar de não ser uma bebida apreciada por Karina, teve papel importante para mantê-la acordada em determinados momentos.

Durante a semana Karina chegava em casa por volta das 22h30, tomava um copo de leite e cama, pois no dia seguinte às 7h00 sabia que o compromisso com o cursinho era sagrado.

Uma curiosidade de quem “rachou” durante um ano, foi o fato de que nesse período oito canetas do tipo bic, literalmente secaram com o uso diário. “Olhava contra a luz e não via sinal de tinta nas canetas” observou Karina.

Uma dica para os vestibulandos e que ajudou muito a Karina, foi resolver provas antigas do vestibular e fazer as provas e exercícios formulados pelo cursinho. “Eu sempre me preparei para cada prova, pois cada uma delas tem um estilo diferente” Ressaltou Karina.

O sacrifício teve como resultado o ingresso na Usp (Universidade de São Paulo), Unesp(Universidade Estadual Paulista), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e UFMG(Universidade Federal de Minas Gerais), sendo que nessas duas últimas em primeiro lugar. As demais em primeira lista.

“Quero aproveitar tudo o que a faculdade oferece, tem cursinho comunitário que eu quero participar como professora, a liga da psicanálise, o esporte para competir. A anatomia que teremos desde o início, tudo isso me empolga", disse Karina que está ansiosa para iniciar o curso que receberá os calouros nesta segunda(23).
                                                                                                 Foto: arquivo pessoal
Karina Caciola em outdoor em São Paulo

A mensagem que a Karina deixa para quem quer chegar onde chegou não  requer nenhuma fórmula mágica a não ser estudar e fazer sempre as questões formuladas pelo cursinho desde o início e as redações semanais, pois 50% da prova de português é redação.

Karina ladeada pela mãe Lourdes e a tia  Rosa
Em apenas um só dia, Karina recebeu no facebook pedido de amizade de 1.300 pessoas, até que o sistema travou. “Médicos do Brasil inteiro estão na lista”, disse Karina que virou estrela e  está sabendo lidar com o sucesso.

 Sites de notícias, jornais e até mesmo TVs estão na mira da Karina que tem outdoor espalhado por São Paulo com sua foto e o semblante alegre pelo feito de ter ingressado em 5 faculdades do curso mais concorrido, e claro, pelo fato de duas delas em primeiro lugar.

Em Dourado, cidade natal dos avós e de sua mãe, o assédio tem sido grande. Em São Paulo já pararam a Karina perguntando se ela era a moça do outdoor que havia entrado na faculdade em primeiro lugar. O Blog do Ronco perguntou se está lidando bem com todo esse assédio, e com muita simplicidade disse: “É gostoso, na Usp e na Unifesp todos me conhecem pelo nome e sobrenome”
Os avós Ruth  e Ananias Golçalves dos Santos estão orgulhosos da neta


Em Dourado uma menina ligou para a Karina dizendo que queria vê-la e que iria colocar o melhor vestido pois nunca havia conhecido um gênio. Karina se diverte com os comentários mas sabe que apenas a primeira fase desse projeto foi cumprida e que terá pela frente muito trabalho e muita dedicação.

2 comentários:

Elvio disse...

Essa matéria vem como uma brisa em meio à tempestade de fatos ruins que vivemos. Isso sim é meritocracia. É a prova mais verdadeira que sucesso só vem antes de trabalho no dicionário.
Enquanto jovens não abrem mão das baladas, redes sociais, vícios; vemos esse belo exemplo de esforço e dedicação.
Parabéns! É o início da pavimentação de um grande futuro.
O país precisa cada vez mais de pessoas assim.

Severino Marchi Junior disse...

Parabéns a Karina e aos seus familiares pela conquista.
Votos dos tios de SCSul e suas primas.