A Petrobras deixou de ser a maior empresa do Brasil em valor de
mercado na última segunda-feira, depois que as ações da empresa
caíram 11% na Bolsa de Valores. Com isso a Ambev, avaliada em 253
bilhões de reais, voltou a ser a maior companhia — posto que ocupava até
março deste ano. Até o dia 30 de setembro, as ações da estatal
acumulam, apenas no governo Dilma, queda de 162,2 bilhões de reais em
valor de mercado, ou 43%. É como se a Petrobras tivesse perdido mais que
"um Bradesco" em menos de quatro anos, ou seis vezes a empresa TIM, por
exemplo, de acordo com dados da consultoria Economatica.
A estatal tem vivido um ano de altos e baixos na Bolsa. Investidores
passaram a apostar nos papéis da empresa em março, quando as primeiras
pesquisas de intenção de voto mostravam a presidente Dilma Rousseff com
um baixo nível de aprovação e um alto nível de rejeição entre os
eleitores. Se contabilizadas as perdas apenas até março deste ano, somam
73%. Isso significa que o brasileiro que investiu 1.000 reais em papéis
da empresa em 2008, tinha em março apenas 270 reais.
Com a aproximação das eleições, tanto as ações da empresa quanto a de
todas as estatais se valorizaram, com investidores apostando numa
mudança de governo. Alvo de corrupção e ingerência, a Petrobras atingiu
no governo Dilma o título de empresa de petróleo mais endividada do
mundo, com uma dívida de 300 bilhões de reais — maior, inclusive, que
seu valor de mercado.
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