Quatro dias após VEJA ter revelado
mensagens que mostram o ministro Walton Alencar atuando a favor do
Palácio do Planalto nos bastidores do Tribunal de Contas da União (TCU),
o corregedor da corte, ministro Aroldo Cedraz, determinou a abertura de
processo para investigar a vida dupla do magistrado. Documentos obtidos
por VEJA mostram que, enquanto presidente do tribunal, Walton manteve
uma intensa troca de favores com a então ministra da Casa Civil, Dilma
Rousseff, e seu braço-direito, Erenice Guerra. Walton antecipava
decisões, dava conselhos informais aos advogados do PT e ainda
dificultava o trabalho da oposição que, sem saber da sua dupla
atividade, procurava o TCU auxiliar em investigações contra o governo
federal. Em contrapartida, Walton contou com a ajuda de Dilma e Erenice
para emplacar a própria mulher, Isabel Gallotti, no cargo de ministra do
Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele também teve o irmão, Douglas
Alencar, indicado por Dilma para o Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Um comentário:
Brasília há muito tornou-se esse prostíbulo que vemos diariamente. Perderam-se as rédeas do comando, perdeu-se a vergonha! Tudo é feito às claras, tudo é devidamente registrado como se fosse normal. Nem os rastros preocupam-se em apagar vista a total impunidade por atos ilícitos. Tratam a coisa pública como privada; comportam-se como donos do poder e inatingíveis.
Aceitamos candidamente um Congresso Nacional corrupto, omisso e conivente.
O Executivo não governa para o país e sim para os partidos, o Judiciário não atua plenamente pois é nomeado pelo rei em seus mais altos cargos e o Legislativo não fiscaliza porque é o mais beneficiado pela podridão, com seus ministérios e estatais.
Resta-nos a imprensa, que atuando como investigativa consegue levantar a ponta do véu que cobre esse prostíbulo.
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