Débito foi renegociado e administrador prevê sobra de R$ 1,5 milhão; no começo dos
anos 2000, estrutura estava fechada por causa de
dívidas
A Santa Casa de Jaú, criada há 108 anos no interior
de São Paulo, deve fechar as contas de 2014 com sobra no caixa. O que parece
ser uma novidade entre os hospitais
filantrópicos já é esperado há alguns anos pela instituição e só não ocorreu
antes por causa de uma dívida com a Receita Federal que agora vai
entrar no programa de refinanciamento de dívidas fiscais (Refis).
Mantida pela Irmandade Misericórdia do Jahu,
entidade que nasceu há 121 anos, a
Santa Casa chegou a ser fechada na década de 1990 e começo dos anos
2000, quando acumulou dívidas de R$ 15 milhões. Mas, segundo Alcides
Bernardi Júnior, provedor no cargo há quatro anos, desde 2005 o hospital vem
praticamente empatando as despesas com as receitas. A instituição só não fecha "no lucro"
porque deve R$ 1,5 milhão à Receita e R$ 3,5
milhões ao Serviço de Água e Esgoto do município. "Essas dívidas
devem ser reduzidas em 2014. A prefeitura tem dívidas com o hospital e
a renegociação fiscal com a Receita vai reduzir nossas parcelas", disse Bernardi. "Não
sabemos ainda, mas podemos chegar a fechar o
ano com até R$ 1,5 milhão (de sobra)."
A Santa Casa de Jaú é hospital referência para 12
municípios, tanto em
atendimentos de emergência e ambulatorial quanto de alta complexidade . "Fazemos praticamente de tudo", afirmou
Bernardi. São 800 cirurgias, 210 partos e
cerca de 18 mil atendimentos por mês. "Em março, fizemos 23 mil
atendimentos por causa da epidemia da dengue."
O contrato com o Serviço Único de Saúde (SUS) é
para 60% dos serviços do hospital, mas a instituição faz 75%. O restante
é de convênios e de particulares, que, com a ajuda de repasses,
mantêm as contas do hospital. A Santa Casa tem verba para investimentos próprios:
foram cerca de R$ 6 milhões
nos últimos anos. "O que fazemos é uma administração austera,
sempre de olho em tudo, especialmente nos gastos.
Fonte: Estadão
Fonte: Estadão
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